Márcio Pacheco assume presidência do TCE-RJ em meio a polêmicas: o que esperar de sua gestão?

Márcio Pacheco assumiu o cargo de presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) para o biênio 2025/2026, após sua eleição em outubro do ano passado. A escolha foi feita por unanimidade e contou com a indicação do governador Cláudio Castro, que iniciou sua carreira política como assessor de Pacheco. Essa proximidade entre os dois políticos remonta a uma longa trajetória de 12 anos, período em que Castro atuou como chefe de gabinete de Pacheco tanto na Câmara de Vereadores quanto na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Com uma carreira consolidada na política, Márcio Pacheco ingressou no TCE em 2022, após desempenhar o papel de líder do governo Castro na Alerj. No entanto, sua ascensão ao cargo de presidente não ocorreu sem controvérsias. Pacheco enfrenta processos judiciais por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, resultado de investigações relacionadas às “rachadinhas” na Alerj. De acordo com o Ministério Público, o ex-deputado teria recebido parte dos salários de seus assessores como forma de enriquecimento ilícito.

A suspeita de conduta criminosa de Márcio Pacheco foi inicialmente levantada em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em 2018. As investigações apontaram que pelo menos R$ 1 milhão teria sido desviado por meio do esquema de “rachadinha” entre os anos de 2016 e 2019. Essas acusações colocam em xeque a integridade do presidente do TCE, órgão responsável por fiscalizar as contas públicas do estado e dos municípios, bem como por julgar os envolvidos na gestão pública.

Apesar das polêmicas envolvendo seu nome, Márcio Pacheco assumiu a presidência do TCE com a missão de zelar pela transparência e pela legalidade na administração pública do Rio de Janeiro. Sua experiência anterior na Alerj e sua relação próxima com o governador Cláudio Castro podem ser tanto uma vantagem quanto um fator de preocupação para a sociedade e para os órgãos de controle. Resta aguardar como a gestão de Pacheco será conduzida e quais medidas serão adotadas para garantir a lisura e a eficiência nas atividades do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro sob sua liderança.

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Homem com deficiência intelectual é morto ao reagir a assalto: ‘Era como uma criança’, diz tia

Homem com deficiência intelectual que se vestia como segurança é morto ao reagir a assalto: ‘Era uma criança’, diz tia

Leonardo Aparício, de 39 anos, estava em um ponto de ônibus, no bairro Nova Aurora, em Belford Roxo, quando criminosos armados assaltaram algumas pessoas. Leonardo reagiu e foi baleado. Ele utilizava uma espécie de colete por cima da roupa.

Um homem com deficiência intelectual foi baleado e morto após reagir a um assalto na Rua Tomas, no bairro Nova Aurora, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, na manhã desta quinta-feira (9).

Leonardo Figueiredo Aparício, de 39 anos, era conhecido pelos moradores do bairro e gostava de usar roupas de agentes de segurança. No momento do crime, ele segurava um cacetete de plástico e utilizava uma espécie de colete por cima da blusa.

De acordo com Rosana Aparício, tia de Leonardo, ele tinha acabado de sair de uma consulta médica no posto de saúde do bairro. Segundo ela, Leonardo era como uma criança, ajudava a todos e sempre foi muito carinhoso.

“Todo mundo conhecia ele no bairro. Ele ajudava as pessoas, era como uma criança. Um menino especial. Foi um absurdo o que aconteceu. Estou arrasada, não to nem acreditando. Ele foi um filho pra mim”, disse a tia ao DE.

“Eu tô muito mal, me acabei de chorar. Eu que andava com ele, era acompanhante dele em tudo que é hospital, porque ele tinha que ter uma pessoa para provar que ele era especial. Era um menino carente, uma criança mesmo”, completou Rosana.

Leonardo, que é uma pessoa com deficiência intelectual, gostava de se vestir com fardas militares e equipamentos de agentes de segurança. Em uma de suas redes sociais, ele colecionava fotos com diversas fardas e equipamentos de forças de segurança. Nas postagens, ele fazia referência ao trabalho de guardas municipais e policiais.

Em nota, a Polícia Militar informou que policiais militares do 39° BPM (Belford Roxo) foram acionados para uma ocorrência de homicídio, no bairro Nova Aurora, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense nesta quinta-feira. “De acordo com o comando da unidade, a vítima estava em um ponto de ônibus, quando foi alvo de uma tentativa de assalto. O homem tentou reagir e foi atingido por disparos de arma de fogo efetuados por um dos assaltantes. De imediato, a área foi isolada e o local preservado para o trabalho da perícia da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF)”.

Já a Polícia Civil disse ao DE que a DHBF investiga a morte de Leonardo Figueiredo Aparício e que a perícia no local já foi feita. Segundo a corporação, diligências estão em andamento para apurar a autoria e esclarecer a motivação do crime.

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