Governo do RS enfrenta desafio judicial em seleção de vagas temporárias com salários de até R$ 16 mil

O governo do Rio Grande do Sul está enfrentando um desafio para reverter uma liminar que suspendeu a seleção para vagas temporárias com salários atrativos de até R$ 16 mil. A decisão judicial, emitida em dezembro de 2024, atendeu a um pedido do sindicato, levando a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) a recorrer ao Tribunal de Justiça nesta terça-feira (7). Com mais de 56 mil inscrições de candidatos homologadas para todos os cargos, a situação está sendo acompanhada de perto pelo órgão competente.

De acordo com o cronograma originalmente planejado, a próxima etapa envolveria a divulgação do resultado da prova de títulos e experiência profissional, após recursos e classificação preliminar. No entanto, a decisão judicial interrompeu temporariamente esse processo, que conta apenas com a avaliação de títulos e experiência profissional dos inscritos. A suspensão foi motivada pelo Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Rio Grande do Sul (Sintergs), ressaltando a importância de cumprir os critérios legais para contratações temporárias no setor público.

A juíza Gabriela Dantas Bobsin, da 1ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central da Comarca de Porto Alegre, destacou em sua liminar que a continuidade do concurso público poderia violar a regra constitucional da obrigatoriedade do mesmo, trazendo prejuízos aos serviços prestados pelo estado de forma permanente. A advogada Fernanda Vicari, representante do sindicato, enfatizou a importância de garantir que as contratações temporárias se destinem a situações genuinamente transitórias e de excepcional interesse público.

Os salários oferecidos na seleção suspensa variam de R$ 3,5 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. A contratação dos selecionados é para um período de 24 meses, com possibilidade de prorrogação por igual período. No total, são diversas especialidades contempladas, desde vagas de nível médio até cargos de nível superior, abrindo oportunidades para ingressar no mercado de trabalho e contribuir com os serviços públicos do Rio Grande do Sul.

Com foco na transparência do processo seletivo e no cumprimento da legislação vigente, a Procuradoria-Geral do Estado busca reverter a decisão que suspendeu a seleção para vagas temporárias. Apesar dos desafios enfrentados, a expectativa é que o Tribunal de Justiça analise o recurso apresentado e tome uma decisão em breve. Enquanto isso, os candidatos aguardam ansiosos e o governo do Rio Grande do Sul segue atento aos desdobramentos desse impasse.

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Polícia suspeita de ‘tentativas de homicídio em série’ em casos de envenenamento por arsênio em bolo

Bolo com arsênio: polícia vê indícios de ‘tentativas de homicídio em série’, e novo corpo pode ser exumado

De acordo com a delegada regional do Litoral Norte do RS, Sabrina Deffente, novos casos sob investigação seriam de pessoas próximas da família. Em um deles, há suspeita sobre uma pessoa que já está morta. Deise Moura dos Anjos está presa temporariamente.

Perícia constata que sogro de suspeita presa por envenenar família também ingeriu arsênio

A Polícia Civil afirma que vê “fortes indícios” de que a suspeita de colocar arsênio na farinha de um bolo de frutas cristalizadas e provocar as mortes de três mulheres em Torres (RS) tenha praticado outros envenenamentos. Nesta sexta-feira (10), as autoridades confirmaram que uma quarta pessoa, o sogro de Deise Moura dos Anjos, também ingeriu arsênio antes de morrer.

“As provas são muito robustas que essa mulher não só matou quatro pessoas e tentou matar outras três, mas também que ela tenha participado de outras tentativas de homicídio”, afirmou a delegada regional do Litoral Norte do RS, Sabrina Deffente.

De acordo com Sabrina, os novos casos sob investigação seriam de pessoas próximas da família. Em um deles, há suspeita sobre uma pessoa que já está morta, informou ao DE.

“Acho que precisamos rezar mais, aceitar mais e não procurar culpados onde não há. Só os momentos que Deus nos reserva, isso sim, não têm volta. Nem polícia nem perícia que possa nos ajudar a desvendar”, diz a mensagem enviada por Deise à sogra.

Em outra mensagem enviada à sogra, Deise lista motivos que poderiam ter causado a morte de Paulo: “Não sei, acho que eu não faria nada, pois poderia ter sido várias coisas: intoxicação alimentar, negligência médica, a banana contaminada pela enchente, ou simplesmente a hora dele… Sei lá.”

O Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul detalhou o processo das análises que detectaram a presença de arsênio na farinha do bolo que causou as mortes das três mulheres. Ao longo de uma semana, 89 amostras foram analisadas, e em apenas uma, a da farinha, foi encontrado arsênio. O composto estava em uma concentração 2.700 vezes maior que a encontrada no bolo.

De acordo com a Polícia Civil, sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa, durante um café da tarde, quando começaram a passar mal. Apenas uma delas não teria comido o bolo. Zeli dos Anjos, que preparou o alimento, em Arroio do Sal e levou para Torres, também foi hospitalizada.

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