Homem condenado a 23 anos por matar mulher trans em SP. Corpo foi encontrado em terreno baldio em Guaíra

Justiça condena homem a 23 anos de prisão por matar mulher trans e esconder corpo em terreno em SP

Diogo Alves foi acusado pela morte de Jhenifer Luiza, de 26 anos, encontrada enrolada em colchão em março deste ano, dias depois de desaparecer em Guaíra. Outro réu foi condenado a 2 anos de prisão por ocultação de cadáver.

Jhenifer Luiza, de 26 anos, costumava participar de concursos de beleza em Guaíra (SP) — Foto: Reprodução/Redes sociais

A Justiça condenou a 23 anos de prisão Diogo Alves dos Santos, acusado de matar a mulher trans Jhenifer Luiza, de 26 anos, e de esconder o corpo dela em um terreno baldio depois de arrastar um carrinho com a vítima pelas ruas de Guaíra (DE). O réu foi acusado de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, além de ocultação de cadáver, crime também imputado a Marcus Vinicius da Silva Santos, que teve pena de dois anos de prisão. Ainda cabe recurso.

“As provas técnicas, testemunhais e circunstanciais, convergem para demonstrar que Diogo praticou o latrocínio e, em conjunto com Marcus Vinicius, ocultou o cadáver da vítima, estando presentes todos os elementos dos tipos penais em questão”, expediu o juiz Pedro Henrique Valdette Agostinho, em decisão do final de dezembro do ano passado.

Câmera de segurança flagrou suspeito arrastando corpo de mulher trans morta em Guaíra, SP

A defesa de Marcus Vinicius informou que ainda aguardava a intimação do réu, antes de decidir se irá recorrer da decisão. O DE ligou para o telefone do advogado de Diogo Alves dos Santos, mas não conseguiu falar com ele. Os dois réus chegaram a ser presos na época da apuração dos fatos, mas apenas Diogo permaneceu preso preventivamente desde então.

Mulher trans é encontrada morta em terreno baldio de Guaíra. Quem era a mulher trans que foi levada morta dentro de saco pela rua por suspeito. Dois homens são presos suspeitos de matar mulher trans encontrada em terreno baldio. Vídeo mostra preso por morte de mulher trans levando saco com corpo por rua.

A MORTE DE JHENIFER

Auxiliar em um salão de beleza e conhecida na cidade do interior de São Paulo por participar de concursos de beleza e ações sociais, Jhenifer estava desaparecida desde 14 de março, quando foi vista com vida pela última vez por familiares. Na madrugada do dia 15, uma câmera de segurança registrou a vítima passando de bicicleta pelo centro da cidade com as mesmas roupas que usava quando foi encontrada morta, no dia 18, enrolada em um colchão em um terreno baldio.

Jhenifer Luiza, 26 anos, foi encontrada morta em um terreno baldio em Guaíra (SP) — Foto: Reprodução/Redes sociais

OS ACUSADOS

No mesmo dia, Diogo e Marcus foram presos por suspeita de participação na morte. Após a conclusão do inquérito policial, com base em depoimentos, Diogo foi acusado de ter matado Jhenifer para roubar um telefone celular dela e, mais tarde, tentar vender o aparelho para uma terceira pessoa. Prefeitura de Guaíra (SP) publica nota de pesar para Jhenifer Luiza, encontrada morta nesta segunda-feira (18) — Foto: Reprodução/Redes sociais

O crime, segundo as autoridades, ocorreu na casa do réu em 14 de março, e Jhenifer foi morta após ser enforcada. Ele também foi acusado de enrolar o corpo da jovem em um colchão e de enterrá-lo em um terreno baldio da cidade no dia 16 de março. Marcus, por sua vez, foi acusado de ocultação e cadáver. Isso porque, segundo a acusação que consta na ação penal, ele não avisou as autoridades quando viu Jhenifer morta e, posteriormente, ajudou a levar o corpo da vítima até a saída da casa, de onde Diogo o colocou em um “carinho de transporte de bebidas” e o levou até o terreno baldio, dentro de um saco plástico.

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Ataque violento deixa mortos e feridos em assentamento do MST em SP: o que se sabe até agora

O que se sabe sobre ataque que deixou mortos em assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no interior de SP

O crime aconteceu na noite da última sexta-feira (10), em Tremembé (SP). O DE separou as principais informações sobre o caso.

Um ataque a tiros deixou dois mortos e seis feridos num assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Tremembé, no interior de São Paulo, no fim de semana.

Um homem foi preso suspeito de chefiar a invasão, e outro está sendo procurado.

O DE separou as principais informações sobre o que já se sabe sobre o crime que chocou a cidade. Veja abaixo:
O assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, localizado em Tremembé, no interior de São Paulo, foi alvo de um ataque na noite da última sexta-feira (10).

O crime ocorreu por volta das 23h, na Estrada Kanegae, resultando em mortos e feridos. O número exato de envolvidos ainda não foi confirmado pela polícia.
Duas pessoas morreram no local durante o ataque. As vítimas foram identificadas como Valdir do Nascimento de Jesus, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos. Eles foram velados neste domingo (12).

Outras seis pessoas, três homens e três mulheres, ficaram feridas por disparos e foram socorridas para o Hospital Regional de Taubaté e o Pronto-Socorro de Tremembé. Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde delas.

Suspeito de chefiar o ataque, Antônio Martins, conhecido como “Nero do piseiro”, foi detido no sábado (11) após ser reconhecido por testemunhas. Ele passou por audiência de custódia na manhã deste domingo (12), e a Justiça decidiu mantê-lo preso por 30 dias.

A polícia procura outros envolvidos e já pediu a prisão de um segundo suspeito, Ítalo Rodrigues da Silva. Na tarde deste domingo, a Justiça de São Paulo autorizou sua prisão temporária, mas o homem está foragido.

Durante uma entrevista coletiva no sábado (11), o delegado seccional de Taubaté, Marcos Parra, informou que as evidências iniciais apontam para uma possível disputa por um lote no assentamento como a motivação do crime.

A polícia apreendeu diversos objetos utilizados no ataque. Entre os itens confiscados estão armas brancas, como foices e facas, armas de fogo e um carro. Todo o material será submetido à perícia, com o objetivo de identificar possíveis impressões digitais dos envolvidos no ataque.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar o ataque. Ainda segundo o Ministério, uma equipe da Polícia Federal – com agentes, perito e papiloscopista – foi até o assentamento para dar início às investigações sobre o crime ainda no sábado.

O assentamento Olga Benário está localizado na Estrada Kanegae, na zona rural de Tremembé, no interior de São Paulo. O local é regularizado pelo Incra há cerca de 20 anos para o Movimento dos Sem Terra. Segundo a assessoria do MST, cerca de 45 famílias vivem no local.

O Ministério de Direitos Humanos e Cidadania informou que “está buscando mais informações sobre os fatos ocorridos e oferecerá assistência para as lideranças do assentamento e sua coletividade”.

Ainda segundo o Ministério, “o grave ataque contra o assentamento do MST e o assassinato de lideranças soma-se aos alertas anteriores para a urgência de fortalecimento das políticas de proteção aos defensores de direitos humanos que integrem as esferas federal e estadual, os sistemas de Justiça e de Segurança Pública e as redes de proteção”.

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