Fortaleza: Vereadores iniciam processo na Câmara para acabar com taxa do lixo

Processo que deve acabar com a taxa do liço em Fortaleza inicia nesta quarta na
Câmara Municipal

Vereadores da base do prefeito Evandro Leitão e da oposição devem se unir para
acabar com a taxa iniciada na gestão do ex-prefeito Sarto Nogueira.

Vereadores de Fortaleza se reúnem nesta quarta-feira (9) para iniciar o processo
que deve acabar com a taxa do lixo, instituída na gestão do ex-prefeito Sarto
Nogueira. A expectativa é que o fim da taxa seja aprovado com folga, com votos
favoráveis de vereadores da oposição e da base do prefeito Evandro Leitão.

No entanto, antes de os parlamentares votarem pela extinção ou não da taxa, o
processo deve ser aprovado em comissões da Câmara.

Atualmente, os vereadores de Fortaleza estão de férias, mas foram convocados
para uma sessão extraordinária exclusiva para votar o fim da cobrança da taxa do
lixo, um dos principais temas da campanha eleitoral de 2024.

QUEM TEM DÍVIDA COM A TAXA AINDA VAI PRECISAR PAGAR?

Sim. Cerca de 70 mil pessoas estão em dívida por não pagarem a taxa do lixo nos
anos anteriores. Até a manhã desta quarta-feira, não há previsão de perdão da
dívida, mas os vereadores podem decidir incluir o perdão.

CONFIRA OS PRÓXIMOS PASSOS

Primeiro, a mensagem é lida no plenário da Câmara, depois vai para análise das
comissões de Orçamento e Constituição e Justiça, onde pode receber emendas. Por
fim, a proposta volta para o plenário para ser votada. Em entrevista à TV Verdes
Mares, Léo Couto afirmou que a ideia é que o texto seja votado até segunda ou
terça-feira, 13 ou 14 de janeiro.

A criação da taxa de lixo em Fortaleza foi aprovada em dezembro de 2022 na
Câmara Municipal após votos dos vereadores. Foram 20 votos a favor do projeto e
18 contrários, com duas abstenções. Antes de começar a valer, a taxa chegou a
ser questionada na Justiça e foi suspensa, antes de ser liberada, em junho de
2023, pelo Tribunal de Justiça do Ceará.

A extinção da taxa foi uma das promessas de campanha de Evandro. O novo
prefeito, porém, ainda não explicou de onde vão sair os recursos para cobrir a
perda de arrecadação que a revogação da taxa traria.

Leitão também afirmou que não irá perdoar a dívida de pessoas que não pagaram a
taxa do lixo.

Cerca de 70 mil fortalezenses estão com o nome inscrito na dívida ativa do
município por não pagarem o tributo.

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Mulher com câncer de mama recebe indenização de R$ 10 mil por interrupção de tratamento

Uma mulher foi vítima da interrupção do tratamento de câncer de mama por parte de um plano de saúde e, como consequência, a operadora foi condenada a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais. A decisão foi proferida pela 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) e divulgada recentemente. A paciente, que é engenheira civil, foi diagnosticada com a doença em estágio avançado em julho de 2021, passando por uma mastectomia e sessões de quimioterapia no mesmo ano.

Em fevereiro de 2022, a mulher esqueceu de pagar a mensalidade do plano de saúde Unimed, alegando fragilidade emocional devido ao tratamento. Mesmo pagando as mensalidades de janeiro, março e abril, ficou com a parcela de fevereiro em atraso. Após regularizar o pagamento, ao tentar utilizar o plano, teve os procedimentos negados e descobriu que seu contrato havia sido rescindido pela operadora. Forçada a assinar um novo contrato, a paciente foi induzida a declarar que não possuía doença pré-existente.

Diante da situação, a mulher buscou a Justiça para reaver os benefícios do contrato anterior. Após uma decisão liminar favorável, a Unimed contestou alegando que a paciente convivia com o câncer há meses e que a notificação de atraso fora devolvida por ausência da mulher no endereço. No entanto, a 3ª Vara Cível de Fortaleza constatou a falha da operadora em comprovar a tentativa de notificação e determinou o restabelecimento dos benefícios anteriores, além do pagamento de uma indenização de R$ 5 mil e R$ 2,3 mil em remédios.

A mulher recorreu da decisão, e em novembro de 2024, a 3ª Câmara de Direito Privado aumentou o valor da indenização por danos morais para R$ 10 mil. Essa decisão reforça a importância do cumprimento das normas contratuais e da transparência por parte das operadoras de planos de saúde, garantindo o acesso ao tratamento adequado para pacientes em situações delicadas como o câncer. O caso serve como alerta sobre a responsabilidade das empresas de saúde na prestação de serviços essenciais e na defesa dos direitos dos usuários.

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