Suspeita de envenenamento de bolo no RS visitou sogra no hospital

Suspeita de Envenenamento de Bolo no RS: Triplo Homicídio com Arsênio

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar um bolo que resultou na morte de três mulheres da mesma família em Torres, no Litoral do estado, durante uma reunião familiar em 23 de dezembro de 2024.

Investigada por triplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio, Deise é nora de Zeli dos Anjos, que preparou o bolo. O veneno usado foi arsênio, identificado em amostras de sangue das vítimas, que incluem Neuza, Tatiana e Maida.

Segundo a polícia, em depoimento, a suspeita confessou que visitou a sogra quando ela estava internada no hospital e levou água, suco e chocolate para a visita. Uma testemunhas informou que o lacre dos líquidos e dos alimentos estavam rompidos.

Ainda em depoimento, Deise informou que perguntou à sogra sobre o uso de uvas passas e frutas cristalizadas no bolo consumido pela família. A mulher informou que os alimentos estavam armazenados de forma inadequada na geladeira de Zeli e poderia ter sido utilizado no preparo do doce.

“Que a interrogada tem essa certeza porque perguntou a Zeli ontem, dia 26/12/2024, no hospital de Torres, se ela usou a uva passa e as frutas cristalizadas”, diz trecho do depoimento.

Deise é investigada pelo crime de triplo homicídio e por três tentativas de homicídio. Ela negou ser responsável pelo crime.

Desavenças

Para a polícia, a suspeita contou que, em 2004, teve uma série de desavenças com a sogra por questões financeiras. Ela se referiu a Zeli como ‘Naja’, mas afirmou que nunca desejou a morte da sogra ou de qualquer membro da família.

Em setembro de 2024, o marido de Zeli, Paulo Luiz dos Santos, morreu por intoxicação alimentar. Na época, a morte não foi investigada pela polícia, mas o corpo foi exumado para exames cadavéricos. Segundo a investigação, dias antes do crime, Deise, o marido e o filho, visitaram o casal e levaram produtos de limpeza, flores, leite em pó, farinha e bananas.

Uma perícia feita no celular da suspeita identificou que, em 18 de novembro, a suspeita pesquisou por “veneno para o coração” e “veneno para humanos” enquanto estava na casa da sogra. Já o termo relacionado a “arsênio” foram pesquisados por ela cerca de 100 vezes.

Deise passou por audiência de custódia na última segunda-feira, 6. A Justiça do Rio Grande do Sul determinou que a mulher permanecerá presa por 30 dias no Presídio Estadual Feminino de Torres.

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Família de Goiás sobrevive a acidente aéreo e se destaca em projetos ambientais: conheça mais!

Conhecida no agronegócio e dona de projetos ambientais: saiba quem é a família
de Goiás que sobreviveu à explosão de avião em Ubatuba

Grupo recuperou voçoroca que assombrava o Brasil nos anos 2000, diz delegado.
Além disso, projeto realizado com a Polícia Civil restaurou nascentes e criou
corredor ecológico.

Mireylle Fries, o marido Bruno Almeida Souza e os filhos. Família sobreviveu a
acidente aéreo — Foto: Reprodução

A família de Goiás que sobreviveu à explosão de um avião em Ubatuba (SP) é
conhecida pelo trabalho no agronegócio e por realizar projetos ambientais de
referência no Brasil. De acordo com delegado Luziano de Carvalho, titular da
Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), a
família realizou ações modelo em Mineiros
[https://de.globo.com/go/goias/cidade/mineiros/], sudeste de Goiás.

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O avião da família saiu de Mineiros, no sudoeste do estado, com destino ao
litoral paulista. O acidente aconteceu na manhã desta quinta-feira (9). Apesar
de a família ter sido levada ao hospital em estado de saúde estável, o piloto
Paulo Seguetto morreu no acidente
[https://de.globo.com/go/goias/noticia/2025/01/09/proprietario-de-aviao-que-explodiu-em-ubatuba-posta-homenagem-a-piloto-que-morreu-vai-com-deus-meu-amigo.ghtml].

O delegado Luziano contou que iniciou o Projeto Nascentes na propriedade da
família Fries em 2002. “Fui para lá para conhecer voçoroca Chitolina e também o
trabalho que já teriam realizado, mas só tinha uma placa. O Milton Frias
[patriarca da família] estava desesperado”, contou o delegado.

Voçoroca Chitolina recuperada pela família Fries, em 2003 e em 2019, em
Goiás — Foto: Reprodução/Polícia Civil

Luziano contou que o produtor tinha recebido projetos de recuperação da área que
custavam mais de R$ 35 milhões, e envolviam o soterramento da voçoroca com 50
mil caminhões de terra. O delegado disse que a família recebeu um projeto
realista da Polícia Civil, foi orientada e cumpriu à risca tudo que foi
recomendado.

> “Plantamos algumas árvores, isolamos a área, fez o terraceamento necessário e
> hoje o trabalho é modelo para o mundo. Hoje, está lá, totalmente recuperada,
> estabilizada, bem como também as nascentes”, narrou Luziano.

De acordo com o delegado, um corredor ecológico importante para a região também
foi restaurado pela família. “Foi criado um corredor ecológico entre as
nascentes do Araguaia e o Parque das Emas. Um trabalho nosso, do Milton e da
Myreille, que mesmo criancinha, já participava de muito”, contou o investigador.

No agronegócio, a família é considerada uma das mais influentes no sudoeste de
Goiás. Além da produção de soja, seus membros tem várias empresas na região.

Delegado Silvano (esqueda) e Myreille Fries (direita), em Goiás — Foto:
Divulgação/Polícia Civil

MOBILIZAÇÃO

Ronaldo Caiado (União Brasil) fez um post nas redes sociais em que se
solidarizou com familiares do piloto e disse que o governo de Goiás está
mobilizado para prestar assitência a todos os envolvidos.

“Estamos em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e com a
Prefeitura de Ubatuba para oferecer toda a assistência necessárias às vítimas”,
escreveu o governador de Goiás.

SOBRE O ACIDENTE

A explosão do avião dos Fries, importante família do agronegócio em Goiás,
aconteceu na Praia do Cruzeiro. A Rede Voa, que administra o aeroporto, informou
ao de que o avião saiu do Aeroporto Municipal de Mineiros, e tentou pousar em
Ubatuba, mas que “as condições meteorológicas eram degradadas, com chuva e pista
molhada”.

Ainda não há informações oficiais sobre a causa do acidente. No entanto, dados
da fabricante da aeronave e do próprio aeroporto indicam que o Cessna Citation
precisaria de uma pista mais longa do que a disponível no aeroporto de Ubatuba
para pousar em segurança.

Um vídeo (veja abaixo) mostra a aeronave saindo do aeródromo em Ubatuba,
passando a pista que margeia a praia e chegando à faixa de areia em chamas. Além
da família e do piloto que faleceu, uma pessoa que estava na orla ficou ferida.

Vídeo mostra queda de jatinho em Ubatuba

A aeronave, com matrícula PR-GFS e modelo 525, pertence à família Fries. Entre
os proprietários da aeronave, está o produtor rural Nelvo Fries. Também constam
como proprietários no sistema da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Maria
Gertrude Fries, Mireylle Fries, Celso Fries, Leyna Fries e Crystopher Fries.

Avião de pequeno porte sofre acidente, em Ubatuba, no Litoral Norte de SP —
Foto: João Mota/TV Vanguarda

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