Operação Old Games: Suspeitos movimentam R$ 20 milhões com jogos de azar

Operação cumpre mandados contra suspeitos de movimentar R$ 20 milhões com exploração por meio de jogos de azar

Além de mandados, grupo também é alvo de um bloqueio de contas bancárias. A investigação começou em 2024 após comerciante apresentar documentos para legitimar a prática de jogos de azar. A Polícia Civil cumpriu mandados contra suspeitos de movimentar R$ 20 milhões com exploração de jogos de azar em Aparecida de Goiânia e Goiânia, em Goiás, e na cidade de Formosa da Serra Negra, no Maranhão. Segundo a investigação, o grupo utilizava uma empresa de fachada, supostamente de instalação de equipamentos de internet, mas os equipamentos funcionavam exclusivamente como máquinas “caça-níqueis”.

A polícia não divulgou os nomes dos suspeitos investigados na operação e, por isso, o DE não obteve contato com a defesa para um posicionamento até a última atualização desta reportagem. Intitulada Old Games (“Velhos jogos”, em tradução livre), a operação da Polícia Civil cumpriu, na manhã desta quinta-feira (9), nove mandados de buscas domiciliares, sete prisões temporárias, 21 sequestros de veículos e o bloqueio de contas bancárias. Segundo o delegado responsável pela operação, Thiago César, mais de 50 máquinas foram apreendidas.

Segundo a polícia, a operação começou no ano passado após duas máquinas de jogos ilegais, “caça-níqueis”, foram apreendidas em um comércio em Aparecida de Goiânia. Na ocasião, o proprietário do estabelecimento apresentou documentos e contratos de uma empresa de jogos, alegando atuar legalmente, com cópias de notas fiscais dos equipamentos e de documento oficial fraudado da Polícia Civil para supostamente legitimar a prática ilícita. A investigação aponta que a movimentação do grupo foi de mais de R$ 20 milhões durante os últimos 11 meses. De acordo com a Polícia Civil, os indícios encontrados até o momento são de prática de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, além da exploração do jogo de azar.

A Polícia Civil informou que mais detalhes da operação serão esclarecidos em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (9). Confira outras notícias da região no DE.

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Família de Goiás sobrevive a acidente aéreo e se destaca em projetos ambientais: conheça mais!

Conhecida no agronegócio e dona de projetos ambientais: saiba quem é a família
de Goiás que sobreviveu à explosão de avião em Ubatuba

Grupo recuperou voçoroca que assombrava o Brasil nos anos 2000, diz delegado.
Além disso, projeto realizado com a Polícia Civil restaurou nascentes e criou
corredor ecológico.

Mireylle Fries, o marido Bruno Almeida Souza e os filhos. Família sobreviveu a
acidente aéreo — Foto: Reprodução

A família de Goiás que sobreviveu à explosão de um avião em Ubatuba (SP) é
conhecida pelo trabalho no agronegócio e por realizar projetos ambientais de
referência no Brasil. De acordo com delegado Luziano de Carvalho, titular da
Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), a
família realizou ações modelo em Mineiros
[https://de.globo.com/go/goias/cidade/mineiros/], sudeste de Goiás.

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O avião da família saiu de Mineiros, no sudoeste do estado, com destino ao
litoral paulista. O acidente aconteceu na manhã desta quinta-feira (9). Apesar
de a família ter sido levada ao hospital em estado de saúde estável, o piloto
Paulo Seguetto morreu no acidente
[https://de.globo.com/go/goias/noticia/2025/01/09/proprietario-de-aviao-que-explodiu-em-ubatuba-posta-homenagem-a-piloto-que-morreu-vai-com-deus-meu-amigo.ghtml].

O delegado Luziano contou que iniciou o Projeto Nascentes na propriedade da
família Fries em 2002. “Fui para lá para conhecer voçoroca Chitolina e também o
trabalho que já teriam realizado, mas só tinha uma placa. O Milton Frias
[patriarca da família] estava desesperado”, contou o delegado.

Voçoroca Chitolina recuperada pela família Fries, em 2003 e em 2019, em
Goiás — Foto: Reprodução/Polícia Civil

Luziano contou que o produtor tinha recebido projetos de recuperação da área que
custavam mais de R$ 35 milhões, e envolviam o soterramento da voçoroca com 50
mil caminhões de terra. O delegado disse que a família recebeu um projeto
realista da Polícia Civil, foi orientada e cumpriu à risca tudo que foi
recomendado.

> “Plantamos algumas árvores, isolamos a área, fez o terraceamento necessário e
> hoje o trabalho é modelo para o mundo. Hoje, está lá, totalmente recuperada,
> estabilizada, bem como também as nascentes”, narrou Luziano.

De acordo com o delegado, um corredor ecológico importante para a região também
foi restaurado pela família. “Foi criado um corredor ecológico entre as
nascentes do Araguaia e o Parque das Emas. Um trabalho nosso, do Milton e da
Myreille, que mesmo criancinha, já participava de muito”, contou o investigador.

No agronegócio, a família é considerada uma das mais influentes no sudoeste de
Goiás. Além da produção de soja, seus membros tem várias empresas na região.

Delegado Silvano (esqueda) e Myreille Fries (direita), em Goiás — Foto:
Divulgação/Polícia Civil

MOBILIZAÇÃO

Ronaldo Caiado (União Brasil) fez um post nas redes sociais em que se
solidarizou com familiares do piloto e disse que o governo de Goiás está
mobilizado para prestar assitência a todos os envolvidos.

“Estamos em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e com a
Prefeitura de Ubatuba para oferecer toda a assistência necessárias às vítimas”,
escreveu o governador de Goiás.

SOBRE O ACIDENTE

A explosão do avião dos Fries, importante família do agronegócio em Goiás,
aconteceu na Praia do Cruzeiro. A Rede Voa, que administra o aeroporto, informou
ao de que o avião saiu do Aeroporto Municipal de Mineiros, e tentou pousar em
Ubatuba, mas que “as condições meteorológicas eram degradadas, com chuva e pista
molhada”.

Ainda não há informações oficiais sobre a causa do acidente. No entanto, dados
da fabricante da aeronave e do próprio aeroporto indicam que o Cessna Citation
precisaria de uma pista mais longa do que a disponível no aeroporto de Ubatuba
para pousar em segurança.

Um vídeo (veja abaixo) mostra a aeronave saindo do aeródromo em Ubatuba,
passando a pista que margeia a praia e chegando à faixa de areia em chamas. Além
da família e do piloto que faleceu, uma pessoa que estava na orla ficou ferida.

Vídeo mostra queda de jatinho em Ubatuba

A aeronave, com matrícula PR-GFS e modelo 525, pertence à família Fries. Entre
os proprietários da aeronave, está o produtor rural Nelvo Fries. Também constam
como proprietários no sistema da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Maria
Gertrude Fries, Mireylle Fries, Celso Fries, Leyna Fries e Crystopher Fries.

Avião de pequeno porte sofre acidente, em Ubatuba, no Litoral Norte de SP —
Foto: João Mota/TV Vanguarda

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