Chuva em Cláudio: lagoas transbordam e causam estragos em casas

Lagoas transbordam após chuva e casas são afetadas em Cláudio

Imóveis foram atingidos por lama carregada de galhos e troncos de árvores que caíram na madrugada desta quinta-feira (9), durante a chuva. Não há registro de pessoas feridas, segundo os Bombeiros.

Barragens transbordaram na manhã desta quarta (9) em Cláudio — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

A chuva que atingiu Cláudio na madrugada desta quinta-feira (9) causou o transbordamento de lagoas, que afetou casas no município. De acordo com os bombeiros, dez casas foram invadidas por lama carregada de galhos e troncos de árvore. Não há registro de pessoas feridas.

A princípio, o Corpo de Bombeiros foi chamado para atender uma ocorrência de rompimento de barragem em um pesque pague da cidade. Mas ao chegarem no local viram que não se tratava de rompimento, mas apenas de um transbordamento das águas do lago.

Após varredura no local e nas imediações foi descoberto que além desta barragem outras também transbordaram no município. Ainda segundo a corporação, nenhuma das barragens é de mineração, são apenas lagoas e açudes.

“O que aconteceu foi um fluxo de detritos, o que que é isso? É como se fosse um descolamento das árvores, da vegetação e do solo que vem carregando com muita força. Um volume muito grande dessa lama, vem descendo com força, mas graças a Deus não houve vítimas humanas”, explica o tenente do Corpo de Bombeiros André Lucas Sousa Leandro.

POPULAÇÃO ASSUSTADA

Vários moradores assustados com a situação procuraram a base do Corpo de Bombeiros na manhã desta quinta para saber se teriam que deixar suas casas. Os bombeiros reforçaram que estão monitorando a situação e pedem que a população mantenha a calma.

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Fhemig é convocada pelo Ministério Público para explicar fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins: polêmica e repercussão no setor de saúde

Ministério Público convoca Fhemig a prestar esclarecimento sobre fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins

Críticos à medida dizem que fechamento do bloco cirúrgico do HMAL gera sobrecarga no Hospital João XXIII e aumenta fila de espera por cirurgias eletivas no estado.

Leitos vazios no Hospital Maria Amélia Lins — Foto: Foto de arquivo / Redes sociais

Órgãos públicos estão cobrando esclarecimentos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) sobre a decisão de fechar o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), em Belo Horizonte.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu prazo de 48 horas para que sejam fornecidas informações, e a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego convocou assembleia para a próxima segunda-feira (13).

Desde a última segunda-feira (6), as cirurgias ortopédicas e de trauma que eram feitas no HMAL – cerca de 230 por mês – foram transferidas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Funcionários do HMAL também estão sendo removidos para o João XXIII. A medida está sendo duramente criticada por profissionais da saúde, porque sobrecarrega o João XXIII e aumenta a fila de espera de cirurgias eletivas no estado.

Desde 2019, o HMAL atua na retaguarda do Hospital João XXIII, apesar de os dois funcionarem de maneira independente. Enquanto o João XXIII realizava atendimento de urgência e emergência, o HMAL era responsável pelo tratamento após o quadro agudo de trauma, o que corresponde a cirurgias mais complexas e demoradas.

Como o João XXIII é referência no estado para cirurgias de urgência, o HMAL tem importância estratégica de desafogá-lo. Com a concentração de todos os atendimentos no João XXIII, as cirurgias programadas são canceladas para dar lugar ao paciente que chega em estado grave.

De acordo com a diretora clínica e coordenadora da equipe médica do HMAL, Andrea Fontenelle, o Hospital João XXIII não está preparado para assumir toda a demanda.

Também se manifestaram contra o fechamento do bloco cirúrgico o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sind-Saúde) e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed MG).

A entidade divulgou uma nota de repúdio dizendo que o “fechamento representa um retrocesso na garantia de direitos fundamentais, como o acesso à saúde” e que “a medida e reflete falta de respeito e diálogo com os servidores públicos e as entidades representativas”.

O diretor técnico assistencial do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência, que administra o Hospital João XXIII e o HMAL, Samuel Cruz, alegou que a estrutura do HMAL estava muito defasada, e o fechamento do bloco cirúrgico foi a solução encontrada.

Para Andrea Fontenelle, o fechamento é uma solução “completamente equivocada”. Segundo ela, das cirurgias que o HMAL realizava, mesmo com os problemas estruturais, 30% poderiam continuar sendo feitas.

Ainda de acordo com Andrea, em março de 2023, todo o quadro clínico do HMAL se reuniu para elaborar um plano de reestruturação do hospital, mas nenhuma providência foi tomada em relação às demandas. O processo foi feito na administração anterior do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência.

Fundado em 1947, o Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) é referência em cirurgias de alta complexidade em traumato-ortopedia e bucomaxilofacial. A maioria dos pacientes do HMAL é vítima de acidentes de trânsito, especialmente motociclistas jovens, que necessitam de procedimentos cirúrgicos variados e complexos.

O Diário do Estado entrou em contato com a Fhemig, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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