PF investiga nova ameaça de atentado contra Lula e Moraes

Uma nova ameaça de atentado contra o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está sendo investigada pela Polícia Federal. Segundo a corporação, o ataque ocorreriam em janeiro deste ano e utilizaria explosivos, granadas e um fuzil Barrett.

No momento, a investigação tenta identificar os autores, participantes e meios empregados no possível atentado. O caso começou a ser apurado nesta semana passada, mas ainda é mantido em sigilo na Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento (Dpcev), da PCDF, e na Divisão de Inteligência Policial (DIP), da Polícia Federal.

Ameaças continuas

A ameaça foi descoberta em um contexto de aumento das tensões políticas no país, especialmente após os eventos dos últimos anos. Em 2024, a PCDF prendeu um homem de 30 anos, suspeito de planejar ataques na capital federal, após um helicóptero ser interceptado. O suspeito teve a prisão temporária e ‘outras medidas judiciais’ solicitadas.

Na mesma semana, um homem foi detido após estacionada um veículo próximo ao Comando-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, e alegar que estava portando explosivos que seriam usados para atacar as sedes da Polícia Militar e da Polícia Federal.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Fazendeiro morto em Goiás: Filha e genro presos por assassinato para herdar R$3 milhões

Fazendeiro morto a mando da filha por conta de herança foi abordado por matador de aluguel e comparsas em bicicletas, aponta relatório policial

Trio armou uma emboscada para a vítima. Executor e mandantes do crime estão presos.

Polícia Civil prende suspeito de matar fazendeiro em Campinorte, Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação

O fazendeiro Nelson Alves de Andrade, morto a mando da filha e do genro por conta de herança de R$ 3 milhões, foi abordado pelo matador de aluguel e seus dois comparsas em uma estrada rural em Campinorte, na região norte de Goiás, de acordo com o relatório policial ao qual o DE teve acesso. Os três estavam em duas bicicletas quando armaram uma emboscada e atiraram na vítima, informou a polícia.

✅ Clique e siga o canal do DE GO no WhatsApp

O DE teve acesso ao documento que relata que o trio foi visto nas bicicletas pedalando até o local que o assassinato ocorreu. O delegado Peterson Amin informou que eles sabiam que a vítima estaria fora de casa, por isso, o esperaram retornar e o mataram no meio do trajeto de volta.

De acordo com a Polícia Civil, o fazendeiro Nelson Alves foi morto enquanto pilotava uma moto. Ele foi atingido com dois tiros.

O crime aconteceu em abril do ano passado. A filha e o genro da vítima foram presos por homicídio duplamente qualificado no dia 20 de dezembro de 2024 após o matador denunciá-los de forma anônima para polícia por não ter recebido os R$ 20 mil que teriam sido combinados pelo crime.

Os dois homens contratados pelo suspeito de assassinato não foram presos porque a Justiça entendeu que não havia provas suficientes contra eles, segundo o delegado. Já o executor do crime, Luiz Henrique da Silva de Lima Mendonça, de 22 anos, foi preso em Novo Gama, no Entorno do DF, escondido na casa de parentes.

LEIA TAMBÉM:

* INDICIAMENTO: Filha e genro mandaram matar fazendeiro para ficar com herança de R$ 3 milhões
* MOTIVAÇÃO: Herança que teria sido motivo para filha mandar matar o pai inclui fazenda, cabeças de gado, imóveis e dinheiro
* Morte encomendada, emboscada e ameaças: veja os principais pontos de caso em que filha é suspeita de mandar matar o pai por herança de R$ 3 milhões

O DE não conseguiu contatar a defesa de Luiz Henrique e não conseguiu localizar a defesa dos outros dois homens até a última atualização desta matéria.

Ao DE, a defesa da filha da vítima disse que ela é inocente e que isso será provado ao longo do processo. A reportagem não localizou a defesa do marido dela para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

CONFLITO ENTRE VÍTIMA E CASAL

Segundo a PC, o fazendeiro tinha brigado com o casal antes do crime. “[Há] o relato de que estes teriam brigado, tendo Nelson ordenado que seu genro e filha desocupassem o imóvel onde residiam, pois se tratava de propriedade de Nelson”, explicou a polícia ao indiciar o casal.

A informação sobre o conflito foi dada à polícia por testemunhas que prestaram depoimento durante a investigação. O delegado Peterson Amin explicou que Nelson teria pedido ao casal que desocupasse o imóvel por não concordar com o comportamento deles, que estariam aglomerando pessoas na casa, em uma espécie de ponto de droga.

CRIME E INVESTIGAÇÃO

De acordo com a Polícia Civil, o fazendeiro Nelson Alves foi atingido com dois tiros enquanto pilotava uma moto. Antes de entregar o casal, o executor chegou a ameaçar os dois e a oferecer para parcelar a dívida em três vezes: “Você manda R$ 6 [mil] essa semana para mim, eu mando buscar aí R$ 7 mês que vem e R$ 7 no outro mês”.

Na ocasião, o genro do fazendeiro concordou com o parcelamento, mas depois pediu para o executor esperar. “Tu não sabe o que está acontecendo aqui”, disse ele. “Não tá indo um processo ainda. Falei para tu: quando acabar o processo. Aí você vem com essa ameaça para cima de mim”, completou o marido.

“Acho bom não me bloquear de novo, tá bom? Ou me paga ou vai todo mundo para a cadeia, beleza?”, escreveu o suspeito.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp