Vítimas de queda de avião em Ubatuba fazem parte de tradicional família em Goiás

Na manhã desta quinta-feira, 9, um triste acidente aéreo na Praia do Cruzeiro, em Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo deixou um morto e outras sete pessoas feridas. Um jatinho particular, que estava transportando passageiros ligados a uma fazendeira de Goiás, falhou em pousar na pista do aeroporto local e explodiu ao aterrissar no calçadão da praia.

Os ocupantes do avião foram identificados como Mireylle Fries, Bruno Almeida Souza e os dois filhos do casal. As vítimas fazem parte de uma tradicional família de Mineiros e atuam no ramo do agronegócio.

Mireylle é filha de Maria Fries, matriarca da família que produz soja e realiza um projeto ambiental para replantio de árvores nativas na região. A vítima é uma das proprietárias da aeronave, juntamente com irmãos e os pais.

Resgate

A aeronave, que havia decolado do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás, por volta das 9h, ultrapassou a pista, cruzou o alambrado da Cabeceira 09 e atingiu uma mulher e uma criança que se encontravam no local. O piloto faleceu na cena do acidente, e cinco passageiros estavam a bordo, incluindo a filha, o genro e os netos da fazendeira de Goiás.

Quatro passageiros sobreviventes foram resgatados, com vida e conscientes, e levados à Santa Casa de Ubatuba para tratamento médico. O acidente também feriu outras três pessoas que estavam em uma pista de skate na orla. A Prefeitura de Ubatuba confirmou a morte do piloto e detalhou os esforços de resgate e atendimento médico aos feridos.

Em nota, a Rede Voa informou que, no momento do acidente, “as condições meteorológicas eram degradadas, com chuva e pista molhada”. Caso está sendo investigado por autoridades.

 

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Fazendeiro morto em Goiás: Filha e genro presos por assassinato para herdar R$3 milhões

Fazendeiro morto a mando da filha por conta de herança foi abordado por matador de aluguel e comparsas em bicicletas, aponta relatório policial

Trio armou uma emboscada para a vítima. Executor e mandantes do crime estão presos.

Polícia Civil prende suspeito de matar fazendeiro em Campinorte, Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação

O fazendeiro Nelson Alves de Andrade, morto a mando da filha e do genro por conta de herança de R$ 3 milhões, foi abordado pelo matador de aluguel e seus dois comparsas em uma estrada rural em Campinorte, na região norte de Goiás, de acordo com o relatório policial ao qual o DE teve acesso. Os três estavam em duas bicicletas quando armaram uma emboscada e atiraram na vítima, informou a polícia.

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O DE teve acesso ao documento que relata que o trio foi visto nas bicicletas pedalando até o local que o assassinato ocorreu. O delegado Peterson Amin informou que eles sabiam que a vítima estaria fora de casa, por isso, o esperaram retornar e o mataram no meio do trajeto de volta.

De acordo com a Polícia Civil, o fazendeiro Nelson Alves foi morto enquanto pilotava uma moto. Ele foi atingido com dois tiros.

O crime aconteceu em abril do ano passado. A filha e o genro da vítima foram presos por homicídio duplamente qualificado no dia 20 de dezembro de 2024 após o matador denunciá-los de forma anônima para polícia por não ter recebido os R$ 20 mil que teriam sido combinados pelo crime.

Os dois homens contratados pelo suspeito de assassinato não foram presos porque a Justiça entendeu que não havia provas suficientes contra eles, segundo o delegado. Já o executor do crime, Luiz Henrique da Silva de Lima Mendonça, de 22 anos, foi preso em Novo Gama, no Entorno do DF, escondido na casa de parentes.

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O DE não conseguiu contatar a defesa de Luiz Henrique e não conseguiu localizar a defesa dos outros dois homens até a última atualização desta matéria.

Ao DE, a defesa da filha da vítima disse que ela é inocente e que isso será provado ao longo do processo. A reportagem não localizou a defesa do marido dela para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

CONFLITO ENTRE VÍTIMA E CASAL

Segundo a PC, o fazendeiro tinha brigado com o casal antes do crime. “[Há] o relato de que estes teriam brigado, tendo Nelson ordenado que seu genro e filha desocupassem o imóvel onde residiam, pois se tratava de propriedade de Nelson”, explicou a polícia ao indiciar o casal.

A informação sobre o conflito foi dada à polícia por testemunhas que prestaram depoimento durante a investigação. O delegado Peterson Amin explicou que Nelson teria pedido ao casal que desocupasse o imóvel por não concordar com o comportamento deles, que estariam aglomerando pessoas na casa, em uma espécie de ponto de droga.

CRIME E INVESTIGAÇÃO

De acordo com a Polícia Civil, o fazendeiro Nelson Alves foi atingido com dois tiros enquanto pilotava uma moto. Antes de entregar o casal, o executor chegou a ameaçar os dois e a oferecer para parcelar a dívida em três vezes: “Você manda R$ 6 [mil] essa semana para mim, eu mando buscar aí R$ 7 mês que vem e R$ 7 no outro mês”.

Na ocasião, o genro do fazendeiro concordou com o parcelamento, mas depois pediu para o executor esperar. “Tu não sabe o que está acontecendo aqui”, disse ele. “Não tá indo um processo ainda. Falei para tu: quando acabar o processo. Aí você vem com essa ameaça para cima de mim”, completou o marido.

“Acho bom não me bloquear de novo, tá bom? Ou me paga ou vai todo mundo para a cadeia, beleza?”, escreveu o suspeito.

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