Família de Piloto Paulo Seghetto Lamenta Morte em Tragédia Aérea no Litoral de SP

Amigos e familiares do piloto goiano Paulo Seghetto lamentaram a morte dele após o avião em que ele estava explodir em DE, no litoral de São Paulo. Nas fotos publicadas nas redes sociais, pessoas ligadas ao piloto postaram: “vamos sentir sua falta”, “descanse em paz” e “honra tê-lo conhecido”.

Paulo, que morreu na manhã desta quinta-feira (9), pilotava o avião que pertence à família Fries, bastante conhecida em Mineiros, no sudoeste de Goiás. Além de Paulo, estavam a bordo Mireylle Fries, o marido Bruno Almeida Souza e o os dois filhos do casal, moradores de Mineiros. Os quatro sobreviveram.

A dentista Karyne Magalhães, que tinha Paulo como paciente, lamentou a morte dele com uma postagem nas redes sociais: “Vamos sentir muito sua falta! Voa, voa, o céu agora é seu. Honra tê-lo conhecido”, escreveu. A amiga Melania Fantinell também fez uma postagem sobre a morte do piloto: “Vai com Deus, meu amigo. Uma perda irreparável”, lamentou. A prima Julia Soffiatti escreveu: “Descanse em paz.” Já outra prima do piloto, Tereza Tardivo, publicou: “Nosso piloto, nosso orgulho. Que Deus o tenha. Fica a saudade”. Paulo trabalhou na VoePass, antiga Passaredo, e na Sete Taxi Aéreo.

A explosão do avião dos Fries, importante família de Goiás, aconteceu na Praia do Cruzeiro. A Rede Voa, que administra o aeroporto, informou ao DE que o avião saiu do Aeroporto Municipal de Mineiros, e tentou pousar em Ubatuba, mas que “as condições meteorológicas eram degradadas, com chuva e pista molhada”. A Santa Casa de Ubatuba informou à TV Globo que os feridos estão estáveis, em atendimento.

Cinco pessoas estavam na aeronave e uma foi ferida em solo: O piloto, que morreu depois de ser retirado das ferragens em parada cardiorrespiratória e passar por tentativa de reanimação; Os passageiros resgatados são o casal e as duas crianças, todos da família Fries; Uma pessoa que estava na orla foi socorrida pelo Samu e teve uma fratura.

A aeronave, com matrícula PR-GFS e modelo 525, pertence à família Fries, produtores rurais de Goiás. Entre os proprietários da aeronave, está o produtor rural Nelvo Fries. Também constam como proprietários no sistema da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Maria Gertrude Fries, Mireylle Fries, Celso Fries, Leyna Fries e Crystopher Fries. Segundo apurado pela TV Anhanguera, a família Fries produz soja e realiza um projeto ambiental para replantio de árvores nativas da região. Ao todo, mais de 2 milhões de árvores já foram replantadas. Ainda segundo informações da TV, é na fazenda da família que nasce o Rio Araguaia.

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Fazendeiro morto em Goiás: Filha e genro presos por assassinato para herdar R$3 milhões

Fazendeiro morto a mando da filha por conta de herança foi abordado por matador de aluguel e comparsas em bicicletas, aponta relatório policial

Trio armou uma emboscada para a vítima. Executor e mandantes do crime estão presos.

Polícia Civil prende suspeito de matar fazendeiro em Campinorte, Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação

O fazendeiro Nelson Alves de Andrade, morto a mando da filha e do genro por conta de herança de R$ 3 milhões, foi abordado pelo matador de aluguel e seus dois comparsas em uma estrada rural em Campinorte, na região norte de Goiás, de acordo com o relatório policial ao qual o DE teve acesso. Os três estavam em duas bicicletas quando armaram uma emboscada e atiraram na vítima, informou a polícia.

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O DE teve acesso ao documento que relata que o trio foi visto nas bicicletas pedalando até o local que o assassinato ocorreu. O delegado Peterson Amin informou que eles sabiam que a vítima estaria fora de casa, por isso, o esperaram retornar e o mataram no meio do trajeto de volta.

De acordo com a Polícia Civil, o fazendeiro Nelson Alves foi morto enquanto pilotava uma moto. Ele foi atingido com dois tiros.

O crime aconteceu em abril do ano passado. A filha e o genro da vítima foram presos por homicídio duplamente qualificado no dia 20 de dezembro de 2024 após o matador denunciá-los de forma anônima para polícia por não ter recebido os R$ 20 mil que teriam sido combinados pelo crime.

Os dois homens contratados pelo suspeito de assassinato não foram presos porque a Justiça entendeu que não havia provas suficientes contra eles, segundo o delegado. Já o executor do crime, Luiz Henrique da Silva de Lima Mendonça, de 22 anos, foi preso em Novo Gama, no Entorno do DF, escondido na casa de parentes.

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O DE não conseguiu contatar a defesa de Luiz Henrique e não conseguiu localizar a defesa dos outros dois homens até a última atualização desta matéria.

Ao DE, a defesa da filha da vítima disse que ela é inocente e que isso será provado ao longo do processo. A reportagem não localizou a defesa do marido dela para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

CONFLITO ENTRE VÍTIMA E CASAL

Segundo a PC, o fazendeiro tinha brigado com o casal antes do crime. “[Há] o relato de que estes teriam brigado, tendo Nelson ordenado que seu genro e filha desocupassem o imóvel onde residiam, pois se tratava de propriedade de Nelson”, explicou a polícia ao indiciar o casal.

A informação sobre o conflito foi dada à polícia por testemunhas que prestaram depoimento durante a investigação. O delegado Peterson Amin explicou que Nelson teria pedido ao casal que desocupasse o imóvel por não concordar com o comportamento deles, que estariam aglomerando pessoas na casa, em uma espécie de ponto de droga.

CRIME E INVESTIGAÇÃO

De acordo com a Polícia Civil, o fazendeiro Nelson Alves foi atingido com dois tiros enquanto pilotava uma moto. Antes de entregar o casal, o executor chegou a ameaçar os dois e a oferecer para parcelar a dívida em três vezes: “Você manda R$ 6 [mil] essa semana para mim, eu mando buscar aí R$ 7 mês que vem e R$ 7 no outro mês”.

Na ocasião, o genro do fazendeiro concordou com o parcelamento, mas depois pediu para o executor esperar. “Tu não sabe o que está acontecendo aqui”, disse ele. “Não tá indo um processo ainda. Falei para tu: quando acabar o processo. Aí você vem com essa ameaça para cima de mim”, completou o marido.

“Acho bom não me bloquear de novo, tá bom? Ou me paga ou vai todo mundo para a cadeia, beleza?”, escreveu o suspeito.

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