Jovem de 22 anos morre em acidente ao tentar ‘bigu’ em ônibus: como garantir a segurança no transporte coletivo?

Na manhã desta quinta-feira (9), um jovem de 22 anos faleceu após colidir em um poste de energia elétrica enquanto tentava pegar ‘bigu’ em um ônibus em movimento no Ibura, bairro localizado na Zona Sul do Recife. O ato de ‘bigu’ consiste em se pendurar nas portas e janelas dos coletivos para “pegar carona” nos veículos em movimento. O acidente ocorreu em um ônibus da empresa Metropolitana, que realizava a rota Zumbi do Pacheco/Tancredo Neves.

A vítima foi identificada como Carlos André, e após a colisão, o motorista do ônibus comunicou as autoridades, enquanto um supervisor da Metropolitana se dirigiu ao local para prestar assistência. O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) divulgou que o acidente se deu na Avenida Bom Jesus, ainda informando que o veículo teve suas janelas laterais e vidros dianteiros apedrejados enquanto aguardava a perícia do Instituto de Criminalística (IC).

De acordo com mensagens circulando nas redes sociais, moradores questionaram a atitude do motorista por não ter parado o ônibus e retirado o jovem das portas. Em resposta, a Urbana lamentou o evento e afirmou realizar campanhas educativas e de conscientização sobre as normas de segurança no transporte coletivo, alertando para os perigos de se agarrar nas laterais e para-choques dos veículos. A empresa reforçou a importância do correto procedimento de embarque.

O DE também contatou a Polícia Militar e a Polícia Civil para obter mais informações sobre o acontecido e verificar se o motorista prestou depoimento. Até o momento da última atualização deste texto, não houve resposta das autoridades. O trágico incidente envolvendo a tentativa de ‘bigu’ em um ônibus da Metropolitana gerou comoção na região, levando à reflexão sobre a segurança e conscientização dos passageiros em relação às práticas no transporte coletivo. Medidas preventivas e informativas são fundamentais para evitar situações similares no futuro.

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Maconha medicinal: a primeira fazenda urbana de cannabis no Brasil e como são produzidos os medicamentos; VÍDEO

Maconha medicinal: saiba como são fabricados os medicamentos da primeira fazenda urbana de cannabis do Brasil; VÍDEO

Unidade da associação Aliança Medicinal, de Olinda, opera desde 2023. Produtos são usados no tratamento de doenças como depressão, epilepsia e Parkinson.

Ricardo Hazin, diretor-executivo da Aliança Medicinal, explica como funciona fazenda urbana de cannabis

Ricardo Hazin, diretor-executivo da Aliança Medicinal, explica como funciona fazenda urbana de cannabis

Utilizada para fins terapêuticos, mas estigmatizada por conta de seu uso recreativo, a maconha já conta com um novo status e começa a ser cultivada em escala industrial no Brasil. Um exemplo disso é a fábrica da associação Aliança Medicinal, a primeira “fazenda urbana” de cannabis do país, localizada em Olinda (veja vídeo acima).

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Segundo a instituição criada em 2020, a unidade funciona desde março de 2023, quando a associação obteve autorização da Justiça para cultivar a erva e produzir remédios à base de maconha.

As medicações consistem num óleo extraído das flores da planta fêmea da cannabis e são usados no tratamento de doenças como depressão, epilepsia e Parkinson. Os produtos terapêuticos não geram os efeitos psicoativos da droga.

A “fazenda” funciona dentro de um galpão numa área de mil metros quadrados, no bairro da Vila Popular, em Olinda, no Grande Recife. No local, as mudas são cultivadas e mantidas em dez contêineres a temperaturas que variam de 22 a 30 graus até o momento em que o extrato da flor é retirado para a produção do óleo (confira abaixo o processo de fabricação).

“Ultimamente, existem quatro tipos de óleo: um só de CBD, com 10% de concentração; e outros três, com concentrações de 1,5%, 3% e 6%, que podem ser de CBD, só de THC ou mistos. Eles são usados para os mais diversos sintomas, de crises convulsivas a ansiedade.

“As pessoas falam muito sobre canabidiol, mas canabidiol não é sinônimo de cannabis. Canabidiol é um dos componentes presentes na planta. […] Quando a gente começa a entender sobre as propriedades dos fitocanabinoides, a gente consegue atuar naquela sintomatologia do diagnóstico específico daquele paciente”, informou a médica Rafaela Espósito.

A expectativa é que a produção da Aliança Medicinal cresça à medida que a distribuição da cannabis terapêutica for regulamentada. Recentemente, tanto a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), quanto a Câmara de Vereadores do Recife aprovaram leis que garantem o fornecimento dos remédios no Sistema Único de Saúde (SUS).

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