Irmãos acusados de matar pais e filha em chacina que deixou 4 mortos em SC vão a júri popular
O julgamento dos dois irmãos acusados de matar quatro pessoas no interior de Campo Erê, no Oeste de Santa Catarina, em 21 de janeiro de 2023, está marcado para a próxima segunda-feira (13). Os acusados vão a júri popular para responder por quatro homicídios e seis tentativas de homicídio. O caso, que ocorreu há quase dois anos, ainda está em segredo.
O alvo dos irmãos era uma cunhada, que felizmente conseguiu fugir. O crime aconteceu durante a noite na localidade conhecida como Linha 12 de Novembro, entre um bar e uma casa. As vítimas foram Emidia dos Santos, de 53 anos, Marinalva dos Santos, de 18 anos, Carlos Delfino, de 63 anos, e Ana Claudia Schultz, de 35 anos. Emídia e Carlos eram pais da mulher que conseguiu escapar, enquanto Marinalva era sua meia-irmã e Ana Claudia era madrinha de um dos filhos da mulher.
Além das quatro vítimas fatais, houve seis tentativas de homicídio contra pessoas de diferentes idades e gêneros. Os acusados, dois irmãos de 32 e 38 anos, tiveram seus nomes preservados. Segundo as investigações, o irmão mais novo foi o responsável pelos disparos.
O atirador, que residia em Saltinho, e o irmão mais velho, que morava em Maravilha, a cerca de 55 quilômetros de Campo Erê, tiveram envolvimento em uma sequência de eventos trágicos que culminaram na chacina. Tudo começou com o suicídio do irmão dos indiciados, que não aceitava o fim de seu relacionamento com a cunhada que sobreviveu ao ataque.
Para executar as vítimas, o atirador utilizou uma espingarda legalizada, registrada pela Polícia Federal. O irmão mais velho foi preso no mesmo dia do crime, enquanto o mais novo foi detido dois dias depois, pois fugiu após a chacina. O júri popular está programado para acontecer a partir das 8h no fórum do Campo Erê e a equipe do Poder Judiciário está preparada para uma possível prolongação do julgamento.
Dessa forma, a comunidade aguarda por justiça e pela punição dos responsáveis por esse ato de extrema violência que abalou a região de Santa Catarina. O desfecho desse caso trágico serve como alerta para a importância da resolução pacífica de conflitos e da valorização da vida, evitando assim novas tragédias como essa.