Traficantes usam drones para monitorar operações policiais em comunidade de Serrinha: líder do tráfico é investigado.

Traficantes usam drones para monitorar operação das autoridades de segurança na comunidade de Serrinha, localizada em Madureira. De acordo com as investigações, a quadrilha liderada pelo traficante William Yvens da Silva, conhecido como Coelhão, é responsável pelo monitoramento, sendo ele homem de confiança de Wallace Brito Trindade, conhecido como Lacoste, o qual lidera o tráfico no complexo.

Os criminosos utilizam drones para monitorar as ações da Polícia Militar na região, como ocorreu na última quinta-feira (9) quando operação do 9º BPM (Rocha Miranda) estava em andamento. Através de rádios de comunicação, os olheiros do tráfico mantinham o restante da quadrilha informado sobre a movimentação dos policiais e dos veículos blindados.

Os olheiros, como são chamados os responsáveis por monitorar os passos da polícia, não precisam mais ficar em locais estratégicos e expostos, pois a utilização de drones permite obter informações em tempo real de forma privilegiada. Com isso, a dinâmica da vigilância do tráfico tem mudado, tornando-se mais sofisticada e eficiente.

Lacoste, líder do tráfico no Complexo da Serrinha, está envolvido em polêmicas, como o caso de tortura de mulheres que tiveram os cabelos raspados à força devido à desavença com o grupo. As imagens viralizaram nas redes sociais, gerando repercussão em relação à violência imposta pelo tráfico na região.

Além disso, a Polícia Militar conseguiu apreender drogas e um fuzil durante a operação, porém nenhum suspeito foi preso. A utilização de drones para monitorar ações policiais e lançar explosivos em comunidades como o Complexo de Israel e Quitungo, na Zona Norte, tem sido alvo de investigações pela Polícia Civil.

A investigação visa coibir a utilização indevida desses equipamentos por traficantes rivais, visando a segurança da população e das autoridades. Em casos anteriores, traficantes do Complexo de Israel e Quitungo foram feridos por estilhaços de explosivos lançados por drones, demonstrando a gravidade da situação. A utilização desses dispositivos de forma criminosa representa um desafio para as forças de segurança no combate ao crime organizado.

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Governador e prefeito do Rio unem esforços por transparência nos transportes

O governador Cláudio Castro expressou sua gratidão pelo adiamento do uso exclusivo do cartão Jaé, anunciado pelo prefeito Eduardo Paes. Em uma coletiva de imprensa, Castro ressaltou a importância dessa decisão para garantir transparência e uma integração mais eficiente dos modais intermunicipais. Ele fez questão de enfatizar a analogia feita por Paes, substituindo as raposas por lobos como os predadores responsáveis por cuidar dos galinheiros.

No cenário político do Rio de Janeiro, o imbróglio envolvendo o Jaé ganha destaque. Paes usou termos fortes, como “máfia” e “mafiosos”, para se referir à antiga Fetranspor e a RioCard, empresas ligadas aos donos de empresas de ônibus. Ele enfatizou a necessidade de acabar com a caixa-preta e trazer transparência ao sistema. A mudança no controle dos galinheiros, antes nas mãos dos empresários de ônibus, é vista como um passo importante rumo à eficiência e justiça no transporte público.

Além do adiamento do cartão Jaé, o governador anunciou um novo contrato para o funcionamento das barcas do estado. O governo fechou um acordo com a BK Consultoria, substituindo o grupo CCR. Este novo contrato focará na prestação de serviço, com o estado assumindo o controle dos horários, rotas e pagamento das passagens. Essa mudança visa trazer mais eficiência e transparência ao transporte aquaviário, proporcionando um serviço de qualidade para os passageiros.

O embate entre o governo e as empresas de transporte no Rio de Janeiro reflete a necessidade de mudanças profundas no setor. A ideia de tirar as raposas dos galinheiros e garantir uma gestão mais transparente e eficiente ganha respaldo tanto do governador quanto do prefeito. A população espera que essas medidas resultem em melhorias significativas no transporte público, tornando-o mais acessível e confiável para todos os cidadãos.

A decisão de adiar o uso exclusivo do cartão Jaé e reformular o contrato das barcas representa um marco na busca por uma gestão mais transparente e eficiente dos transportes intermunicipais no Rio de Janeiro. O desafio agora é implementar essas mudanças de forma eficaz, garantindo que os benefícios cheguem diretamente aos usuários. Com a atuação conjunta do governo, prefeitura e demais envolvidos, é possível transformar o cenário do transporte público na região, proporcionando uma experiência de deslocamento melhor para todos.

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