Polícia prende suspeito do primeiro feminicídio registrado em 2025 no MA

O caso ocorreu em 4 de janeiro. O suspeito do homicídio da vítima, Francinete
de Souza da Silva, de 31 anos, foi identificado como Albertine Santos Galvão,
parceiro da vítima.

Albertine Santos Galvão foi detido em Paulino Neves, segundo informações da TV
Mirante.

Foi preso em Paulino Neves, na quinta-feira (9), o suspeito de assassinar a própria companheira no bairro São Raimundo, em São José de Ribamar. Este foi o primeiro caso de feminicídio no Maranhão em 2025.

O crime aconteceu em 4 de janeiro, por volta das 20h, na residência da vítima. Albertine Santos Galvão, parceiro de Francinete de Souza da Silva, é o principal suspeito.

Após o crime, o suspeito fugiu levando o dinheiro do seguro-desemprego da vítima e seu celular, conforme relatado pela polícia. O corpo de Francinete foi descoberto pela família em 6 de janeiro. O casal estava junto há seis meses.

Em uma entrevista para a TV Mirante, a delegada Wanda Moura, responsável pelo Departamento de Feminicídio do Maranhão, afirmou que Francinete vivia em um relacionamento abusivo.

Além deste caso, outras três tentativas de feminicídio foram registradas no interior do estado, nas cidades de Araguanã, Cândido Mendes e Amarante. Em um desses casos, uma mulher foi baleada pelo parceiro após uma discussão. O agressor foi preso em flagrante e a vítima foi hospitalizada em estado grave.

De acordo com a Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), o Maranhão teve 69 casos de feminicídio em 2024.

Um dos casos mais recentes foi o assassinato de Deusiana Ventura Guajajara, de 28 anos, na aldeia Castanhal, em Jenipapo dos Vieiras. O suspeito é Evaldo Bezerra da Cunha Silva, companheiro da vítima.

Desde a criação do Departamento de Feminicídio no Maranhão, em 2017, os anos de 2022 e 2024 foram os mais críticos, com 69 casos em cada ano. Já em 2023, foram registrados 50 casos.

No caso do primeiro feminicídio de 2025, Francinete não havia feito denúncias anteriores contra o agressor e não pediu medidas de proteção.

Wanda Moura ressalta a importância de conscientizar sobre a violência contra a mulher e a necessidade de denunciar agressões o mais rápido possível para evitar tragédias como esta.