Mulher encontrada morta em rio no Paraná foi assassinada pelo ex em caso de feminicídio e suicídio

Investigação conclui que mulher encontrada morta em rio no Paraná foi
assassinada pelo ex, que morreu em acidente uma hora depois.

Para delegado, Sílvio Joel dos Santos jogou carro contra um caminhão após
cometer o crime. Vanessa Aparecida Mayer, que era dada como desaparecida, teve o
corpo encontrado um dia após a morte do ex.

Polícia conclui que mulher encontrada morta em rio foi assassinada pelo ex

A investigação sobre a morte Vanessa Aparecida Mayer, de 30 anos, que foi
encontrada morta em um rio de Palmeira, nos Campos Gerais do Paraná, foi concluída. Para o delegado Rodrigo Siqueira, ela foi assassinada pelo ex-marido, Sílvio Joel dos Santos, de 32 anos.

Sílvio morreu na segunda-feira (6) após bater contra o carro contra um caminhão.
O corpo de Vanessa foi encontrado um dia depois, na terça (7). Desde então, a
polícia apurava a conexão entre as mortes.

Conforme o delegado Rodrigo, a investigação concluiu que Sílvio jogou o próprio
carro contra um caminhão cerca de uma hora após cometer o crime. Por isso, o
caso é tratado como feminicídio seguido de suicídio.

O inquérito que investigou o caso ouviu cinco testemunhas e também obteve
imagens de câmeras de segurança que registraram os últimos passos do ex-casal.

Os vídeos mostram que Vanessa e Sílvio estavam juntos durante a tarde de domingo,
um dia antes do crime. Outra câmera registrou, à noite, o veículo indo em
direção à área rural onde o corpo da mulher foi encontrado, e voltando três
horas depois.

Juntos, Vanessa e Sílvio tinham um filho de sete anos.

O delegado complementou que, apesar de ter encerrado as diligências, a
finalização do inquérito será oficializada apenas após o recebimento dos
resultados dos laudos periciais – que devem indicar a causa da morte da mulher e
como o crime aconteceu.

Como o suspeito da autoria do crime morreu, o inquérito do caso será encaminhado
para o Ministério Público e Poder Judiciário apenas para conhecimento.

O de aguarda retorno da defesa da família de Sílvio para comentar a conclusão da investigação.

Vanessa e Sílvio combinaram de se encontrar no domingo. A mulher estava na casa de uma amiga em Ponta Grossa, cidade vizinha a Palmeira, e câmeras de segurança registraram ela saindo do prédio para retornar ao município por volta das 15h30.

De acordo com Siqueira, Vanessa viajou a Palmeira de carona e desembarcou na
rodoviária da cidade, onde ela havia combinado de se encontrar com Silvio. Imagens de câmeras de segurança registram os dois juntos circulando pela cidade no carro do homem.

Vanessa e Sílvio foram casados e estavam separados há cerca de três anos,
segundo o delegado Rodrigo Siqueira. À RPC, um familiar de Vanessa contou que o casal tentou reatar o relacionamento no fim de 2024, mas que Silvio era ciumento e, por isso, os dois não ficaram juntos.

De acordo com o delegado Rodrigo Siqueira, a família de Vanessa procurou a
polícia na tarde de segunda-feira afirmando que a mulher não era mais vista
desde domingo. Horas antes, a equipe recebeu a informação da morte de Sílvio durante a madrugada. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele invadiu a pista contrária da rodovia e atingiu um caminhão. O caminhoneiro não se feriu.

Na manhã de terça-feira, Vanessa foi encontrada nas águas do Rio do Salto, na zona rural de Palmeira, por um morador da região. Ela tinha um ferimento no rosto. Ainda de acordo com Rodrigo Siqueira, junto ao corpo de Vanessa foram encontrados os documentos e o celular da mulher e também uma camiseta de Sílvio, que estava com manchas de sangue.

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Polícia suspeita de ‘tentativas de homicídio em série’ em casos de envenenamento por arsênio em bolo

Bolo com arsênio: polícia vê indícios de ‘tentativas de homicídio em série’, e novo corpo pode ser exumado

De acordo com a delegada regional do Litoral Norte do RS, Sabrina Deffente, novos casos sob investigação seriam de pessoas próximas da família. Em um deles, há suspeita sobre uma pessoa que já está morta. Deise Moura dos Anjos está presa temporariamente.

Perícia constata que sogro de suspeita presa por envenenar família também ingeriu arsênio

A Polícia Civil afirma que vê “fortes indícios” de que a suspeita de colocar arsênio na farinha de um bolo de frutas cristalizadas e provocar as mortes de três mulheres em Torres (RS) tenha praticado outros envenenamentos. Nesta sexta-feira (10), as autoridades confirmaram que uma quarta pessoa, o sogro de Deise Moura dos Anjos, também ingeriu arsênio antes de morrer.

“As provas são muito robustas que essa mulher não só matou quatro pessoas e tentou matar outras três, mas também que ela tenha participado de outras tentativas de homicídio”, afirmou a delegada regional do Litoral Norte do RS, Sabrina Deffente.

De acordo com Sabrina, os novos casos sob investigação seriam de pessoas próximas da família. Em um deles, há suspeita sobre uma pessoa que já está morta, informou ao DE.

“Acho que precisamos rezar mais, aceitar mais e não procurar culpados onde não há. Só os momentos que Deus nos reserva, isso sim, não têm volta. Nem polícia nem perícia que possa nos ajudar a desvendar”, diz a mensagem enviada por Deise à sogra.

Em outra mensagem enviada à sogra, Deise lista motivos que poderiam ter causado a morte de Paulo: “Não sei, acho que eu não faria nada, pois poderia ter sido várias coisas: intoxicação alimentar, negligência médica, a banana contaminada pela enchente, ou simplesmente a hora dele… Sei lá.”

O Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul detalhou o processo das análises que detectaram a presença de arsênio na farinha do bolo que causou as mortes das três mulheres. Ao longo de uma semana, 89 amostras foram analisadas, e em apenas uma, a da farinha, foi encontrado arsênio. O composto estava em uma concentração 2.700 vezes maior que a encontrada no bolo.

De acordo com a Polícia Civil, sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa, durante um café da tarde, quando começaram a passar mal. Apenas uma delas não teria comido o bolo. Zeli dos Anjos, que preparou o alimento, em Arroio do Sal e levou para Torres, também foi hospitalizada.

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