Carnaval de Belo Horizonte 2025: Expectativa de 6 milhões de foliões e R$ 1 bilhão de movimentação financeira

Carnaval de Belo Horizonte deve receber 6 milhões de pessoas em 2025; três vezes a população da cidade

Segundo a prefeitura, a festa deve movimentar mais de R$ 1 bilhão entre 15 de fevereiro e 9 de março.

O público que vai curtir o carnaval de Belo Horizonte em 2025 deve ultrapassar o do ano passado. A prefeitura anunciou nesta sexta-feira (10) que a estimativa é de 6 milhões de pessoas, superando os 5,5 milhões de 2024. O número é três vezes a população da cidade.

Para este ano, a festa deve movimentar mais de R$ 1 bilhão entre 15 de fevereiro e 9 de março, datas marcadas para a folia. As informações foram divulgadas pelo prefeito interino, Álvaro Damião.

De acordo com a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), haverá um novo esquema para distribuir os trabalhadores ambulantes pelas ruas onde passarão os blocos de Carnaval.

“Esse ano vai ser diferente, a gente já tem uma preparação para evitar o tumulto que deu no ano passado. Temos que ter simplicidade e humildade para reconhecer os erros que acontecem, e que a gente tem que corrigir”, disse o prefeito interino.

Também foi sancionada nesta sexta-feira a lei de valorização dos Blocos Caricatos da capital. Os blocos foram reconhecidos como uma manifestação cultural que só existe em Belo Horizonte. Durante o anúncio, a secretária Municipal de Cultura, Eliane Parreiras, fez menção honrosa à Fuad Noman, que está internado para tratamento de um quadro de pneumonia.

O intuito do projeto é reconhecer o trabalho desses atores do Carnaval como uma manifestação de natureza imaterial e de origem belo-horizontina, “garantindo o apoio institucional, logístico, de infraestrutura e financeiro do poder público municipal aos Blocos Caricatos”.

“Foram reconhecidos também as escolas de samba, os blocos de rua, as rodas de samba e os espaços do samba. Essa lei será o importante instrumento para promover à salvaguarda dos blocos caricatos buscando a sua proteção, valorização e fomento bem como apresentação divulgação de suas memórias e contribuição”, disse a secretária Eliane Parreiras.

Os Blocos Caricatos surgiram em 1897, quando os operários que construíam a nova capital se organizaram em um desfile de carros e carroças, da Praça da Liberdade até a Avenida Afonso Pena. Esse movimento espontâneo foi o pontapé inicial para os Blocos Caricatos, destaques do Carnaval nos primeiros anos de Belo Horizonte e uma tradição cultural genuína da cidade.

Na primeira metade do século passado, a região da Lagoinha, no Centro, era o foco do principal movimento carnavalesco. Foi lá que surgiu, em 1947, o primeiro bloco de rua da cidade, o Leão da Lagoinha, ainda ativo. Ali, bem perto, aconteceu também o primeiro desfile de escola de samba, da Agremiação Pedreira Unida, formada por moradores da Pedreira Prado Lopes.

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Morte por agrotóxico em churrasco de empresa: conclusão do inquérito em MG

Morte de funcionário após churrasco de empresa em MG foi causada por agrotóxico; cinco ficaram internados

Análises de alimentos e bebidas consumidos mostraram a presença de terbufós, organofosforado utilizado como pesticida; conclusão do inquérito ocorreu nesta sexta-feira (10) e caso foi registrado em janeiro de 2024 em Patrocínio.

Funcionários participavam de churrasco de empresa em Patrocínio — Foto: Redes sociais

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que Wagner Orlandelli Martin, de 37 anos, morreu de intoxicação alimentar provocada por uma substância utilizada como pesticida. O caso foi registrado em janeiro de 2024, em Patrocínio, durante um churrasco de confraternização da empresa 4 Folhas. Outras cinco pessoas chegaram a ficar hospitalizadas com sintomas graves.

A conclusão do inquérito ocorreu nesta sexta-feira (10). Segundo a polícia, foi identificada nas vítimas a presença da substância química terbufós, que é um organofosforado utilizado como pesticida.

Após o ocorrido, a perícia da Polícia Civil coletou amostras de bebidas e alimentos consumidos na confraternização, além de materiais biológicos das vítimas, que foram enviados para análise em Belo Horizonte.

Exames adicionais confirmaram o mesmo composto químico no sangue de outras vítimas. No entanto, as análises dos alimentos coletados não detectaram a presença de substâncias químicas tóxicas.

Ainda de acordo com a polícia, durante o inquérito, todas as pessoas que estavam na confraternização foram ouvidas e nenhum suspeito foi apontado.

Os autos foram encaminhados à Justiça e aguardam análise do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Em janeiro de 2024, um laudo feito pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), e divulgado pela Prefeitura de Patrocínio, já apontava que os funcionários haviam sido intoxicados por agrotóxicos organofosforados.

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