Fotógrafo mineiro Flávio de Castro Sousa é encontrado sem vida em Paris, causando comoção nas redes sociais e deixando perguntas em aberto

A notícia da trágica morte do fotógrafo mineiro Flávio de Castro Sousa, encontrado sem vida no Rio Sena, próximo a Paris, foi um choque para familiares e amigos. Após semanas de angústia desde seu desaparecimento em novembro, a família foi informada na última quinta-feira (9) sobre a localização do corpo, o que gerou uma onda de comoção e solidariedade nas redes sociais.

A mãe de Flávio, Marta Maria de Castro, recorreu às redes sociais para pedir orações não só pelo filho, mas também pela família nesse momento difícil. Em sua postagem, agradeceu o apoio recebido e solicitou que continuassem enviando energias positivas para que Flávio pudesse “descansar na paz e luz”. A dor da perda de um ente querido é imensurável, e as palavras de Marta refletiram o sentimento de alguém que ainda busca compreender o ocorrido.

Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, morador de Belo Horizonte, havia chegado a Paris em novembro do ano passado, com planos de retornar ao Brasil no final do mesmo mês. No entanto, seu desaparecimento no dia 26 chocou a todos, e as investigações apontam que ele teria caído na água na Ilha dos Cisnes, próximo à Torre Eiffel, percorrendo cerca de 20 km até Saint-Denis, onde seu corpo foi encontrado.

O Ministério das Relações Exteriores foi informado sobre a trágica descoberta e disponibilizou apoio consular à família nesse momento de luto. Amigos relataram que a polícia francesa trabalha com a hipótese de afogamento como causa da morte, e não foram identificados sinais de violência. As circunstâncias que envolveram o desaparecimento e falecimento de Flávio ainda deixam perguntas em aberto, mas a certeza do vazio que ele deixa para todos é uma realidade dolorosa.

O fotógrafo, conhecido também como Flávio Carrilho, era um entusiasta da fotografia analógica e costumava compartilhar seu trabalho nas redes sociais. Seus registros dos pontos turísticos de Paris revelavam sua paixão pela arte de capturar momentos e cenários únicos. Seu desaparecimento repentino, seguido pela confirmação de sua morte, deixou um legado de talento e criatividade que será lembrado por todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo e apreciar seu trabalho.

A notícia da morte de Flávio de Castro Sousa abalou não só sua família e amigos, mas também toda a comunidade, que acompanhava com apreensão as tentativas de localizá-lo após seu desaparecimento. A incerteza que permeou essas semanas de busca e esperança de um desfecho positivo agora dá lugar à tristeza e saudade daquele que partiu tão precocemente. Que a memória e o legado de Flávio possam confortar aqueles que compartilharam momentos e sorrisos ao seu lado.

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Fhemig é convocada pelo Ministério Público para explicar fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins: polêmica e repercussão no setor de saúde

Ministério Público convoca Fhemig a prestar esclarecimento sobre fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins

Críticos à medida dizem que fechamento do bloco cirúrgico do HMAL gera sobrecarga no Hospital João XXIII e aumenta fila de espera por cirurgias eletivas no estado.

Leitos vazios no Hospital Maria Amélia Lins — Foto: Foto de arquivo / Redes sociais

Órgãos públicos estão cobrando esclarecimentos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) sobre a decisão de fechar o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), em Belo Horizonte.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu prazo de 48 horas para que sejam fornecidas informações, e a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego convocou assembleia para a próxima segunda-feira (13).

Desde a última segunda-feira (6), as cirurgias ortopédicas e de trauma que eram feitas no HMAL – cerca de 230 por mês – foram transferidas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Funcionários do HMAL também estão sendo removidos para o João XXIII. A medida está sendo duramente criticada por profissionais da saúde, porque sobrecarrega o João XXIII e aumenta a fila de espera de cirurgias eletivas no estado.

Desde 2019, o HMAL atua na retaguarda do Hospital João XXIII, apesar de os dois funcionarem de maneira independente. Enquanto o João XXIII realizava atendimento de urgência e emergência, o HMAL era responsável pelo tratamento após o quadro agudo de trauma, o que corresponde a cirurgias mais complexas e demoradas.

Como o João XXIII é referência no estado para cirurgias de urgência, o HMAL tem importância estratégica de desafogá-lo. Com a concentração de todos os atendimentos no João XXIII, as cirurgias programadas são canceladas para dar lugar ao paciente que chega em estado grave.

De acordo com a diretora clínica e coordenadora da equipe médica do HMAL, Andrea Fontenelle, o Hospital João XXIII não está preparado para assumir toda a demanda.

Também se manifestaram contra o fechamento do bloco cirúrgico o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sind-Saúde) e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed MG).

A entidade divulgou uma nota de repúdio dizendo que o “fechamento representa um retrocesso na garantia de direitos fundamentais, como o acesso à saúde” e que “a medida e reflete falta de respeito e diálogo com os servidores públicos e as entidades representativas”.

O diretor técnico assistencial do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência, que administra o Hospital João XXIII e o HMAL, Samuel Cruz, alegou que a estrutura do HMAL estava muito defasada, e o fechamento do bloco cirúrgico foi a solução encontrada.

Para Andrea Fontenelle, o fechamento é uma solução “completamente equivocada”. Segundo ela, das cirurgias que o HMAL realizava, mesmo com os problemas estruturais, 30% poderiam continuar sendo feitas.

Ainda de acordo com Andrea, em março de 2023, todo o quadro clínico do HMAL se reuniu para elaborar um plano de reestruturação do hospital, mas nenhuma providência foi tomada em relação às demandas. O processo foi feito na administração anterior do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência.

Fundado em 1947, o Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) é referência em cirurgias de alta complexidade em traumato-ortopedia e bucomaxilofacial. A maioria dos pacientes do HMAL é vítima de acidentes de trânsito, especialmente motociclistas jovens, que necessitam de procedimentos cirúrgicos variados e complexos.

O Diário do Estado entrou em contato com a Fhemig, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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