Maconha Medicinal: Produção na 1ª Fazenda Urbana de Cannabis do Brasil

Maconha medicinal: saiba como são fabricados os medicamentos da primeira fazenda urbana de cannabis do Brasil

Unidade da associação Aliança Medicinal, de Olinda, opera desde 2023. Produtos são usados no tratamento de doenças como depressão, epilepsia e Parkinson.

Ricardo Hazin, diretor-executivo da Aliança Medicinal, explica como funciona fazenda urbana de cannabis [https://s02.video.glbimg.com/x240/13247533.jpg]

Utilizada para fins terapêuticos, mas estigmatizada por conta de seu uso recreativo, a maconha já conta com um novo status e começa a ser cultivada em escala industrial no Brasil. Um exemplo disso é a fábrica da associação Aliança Medicinal, a primeira “fazenda urbana” de cannabis do país, localizada em Olinda [https://DE.DE.DE/pe/pernambuco/cidade/olinda/] (veja vídeo acima).

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Segundo a instituição criada em 2020, a unidade funciona desde março de 2023, quando a associação obteve autorização da Justiça para cultivar a erva e produzir remédios à base de maconha [https://DE.DE.DE/pe/pernambuco/noticia/2023/03/02/justica-federal-autoriza-associacao-de-olinda-a-plantar-maconha-e-produzir-medicamentos-a-base-da-planta.ghtml].

As medicações consistem em óleo extraído das flores da planta fêmea da cannabis e são usados no tratamento de doenças como depressão, epilepsia e Parkinson. Os produtos terapêuticos não geram os efeitos psicoativos da droga.

A “fazenda” funciona dentro de um galpão numa área de mil metros quadrados, no bairro da Vila Popular, em Olinda, no Grande Recife. No local, as mudas são cultivadas e mantidas em dez contêineres a temperaturas que variam de 22 a 30 graus até o momento em que o extrato da flor é retirado para a produção do óleo (confira abaixo o processo de fabricação).

“A gente desenvolveu um módulo produtivo, automatizado, em que a gente consegue simular as estações do ano e dar a melhor condição de que a planta precisa para desenvolver as substâncias necessárias para fazer o medicamento”, explicou o diretor-executivo da Aliança Medicinal e engenheiro agrônomo Ricardo Hazin Asfora.

O local produz em torno de 2 mil frascos de 30 mililitros por mês, a um custo médio que vai de R$ 150 a R$ 500. Os valores correspondem ao preço dos produtos distribuídos pela entidade, que hoje tem cerca de 9 mil associados em todos os estados do país.

Além do produto, os usuários pagam pelo frete, que custa a partir de R$ 10 para o Grande Recife, R$ 45 para outros estados do Nordeste e R$ 70 para as demais regiões.

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Geraldo Azevedo: 80 anos de música e sucesso na MPB

Colecionador de sucessos, Geraldo Azevedo completa 80 anos com o desejo de seguir produzindo. O cantor e compositor pernambucano é autor de clássicos da MPB, como Dia Branco, Canção de Despedida e Moça Bonita. Nascido em Petrolina, Geraldo Azevedo ganhou o primeiro violão aos 5 anos de idade.

“Boa noite, conterrâneos!”. É dessa forma que Geraldo Azevedo costuma cumprimentar o público sempre que se apresenta em Petrolina. No dia 11 de janeiro de 1945, o município do Sertão de Pernambuco testemunhou o nascimento de um menino que, ao completar 80 anos, pode olhar no retrovisor da vida e ver que deixou seu nome marcado na história da música popular brasileira, com clássicos que atravessam gerações.

Geraldo nasceu em uma casa simples, na comunidade do Jatobá. Filho de José Amorim (Seu Zé Delegado) e Dona Nenzinha, recebeu dos pais, ainda criança, o incentivo para trilhar o caminho artístico. Ganhou o primeiro violão aos 5 anos, presente dado e confeccionado pelo pai.

No álbum Bicho de Sete Cabeças, gravado em 1979, Geraldo Azevedo teve a companhia da mãe, na música Natureza Viva. A habilidade com o violão é uma das grandes marcas da carreira de Geraldo Azevedo, inspirada na batida criada por João Gilberto, outro filho ilustre do Vale do São Francisco.

O encanto com a Bossa Nova fez com que Geraldo fosse convidado para apresentar o programa “Por Falar em Bossa Nova”, na recém-criada Emissora Rural a Voz do São Francisco, primeira emissora de rádio de Petrolina. A cidade natal também foi palco da participação de Geraldo na banda Sambossa.

Ao longo de mais de meio século de carreira, Geraldo Azevedo colecionou grandes parceiros musicais. A parceria com Carlos Fernando resultou em músicas emblemáticas, como Aquela Rosa, composta em 1966. O artista também se juntou a Alceu Valença para criar clássicos como Talismã, censurada pela ditadura militar.

As músicas de Geraldo Azevedo fizeram parte de trilhas sonoras de novelas como Gabriela, marcando presença na história da telenovela brasileira. O cantor comemora seus 80 anos com uma série de shows comemorativos, iniciando em Petrolina, seguido por apresentações em diversas cidades brasileiras.

Para celebrar essa jornada de 80 anos de música, Geraldo Azevedo lançou o single “Estou em paz” como parte das comemorações. O artista planeja lançar mais músicas inéditas ao longo de 2025 e seguir produzindo, compondo e se apresentando para o público que tanto o admira. Geraldo Azevedo pretende que sua música permaneça eternamente na memória do povo brasileiro.

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