Na última sexta-feira, 10, a Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul divulgou os resultados da investigação e da perícia sobre o caso do bolo envenenado que resultou na morte de três pessoas em Torres, no Litoral gaúcho, na véspera do Natal.
Durante uma entrevista coletiva, o delegado responsável pelo caso informou que a suspeita é de que haja mais vítimas em relação aos casos de envenenamento. Além disso, a mulher teria tentado manipular a investigação apagando itens no celular e, até mesmo, manipulando outros parentes.
A suspeita, presa preventivamente desde o último domingo, 5, responderá por quatro homicídios triplamente qualificados, além de três tentativas de homicídio.
Envenenamento do sogro
A investigação rápida e eficaz da Polícia Civil e do Instituto-Geral de Perícias (IGP) revelou que o sogro da suspeita, Paulo Luiz dos Anjos, também foi vítima de envenenamento por arsênio. Ele morreu em setembro de 2024, após ingerir leite em pó contaminado com a substância letal.
A exumação do corpo de Paulo Luiz confirmou a presença de uma alta concentração de arsênio, cerca de 264 miligramas, no estômago da vítima.
Brutalidade do crime
O caso ganhou repercussão devido à brutalidade do crime, que envolveu o envenenamento de seis pessoas da mesma família com um bolo contaminado com arsênio. Três das vítimas morreram.
A polícia encontrou farinha contaminada com arsênio na casa de uma das vítimas, Zeli Terezinha Silva dos Anjos, sogra da suspeita.
O secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, destacou a complexidade dos crimes familiares e a importância de elucidar tais casos.
A suspeita, identificada como Deise Moura dos Anjos, nutria um ressentimento antigo pela família do marido, motivada por uma dívida de R$ 600,00 que, apesar de ter sido quitada rapidamente, teria gerado mágoa.
O arsênio, um metal pesado e venenoso, foi adquirido pela suspeita e dissimulado em itens de consumo, como leite em pó e farinha de trigo.