Falecimento de Gildinho, fundador do grupo Os Monarcas, deixa o Rio Grande do Sul de luto

O estado do Rio Grande do Sul está de luto pela perda de um de seus grandes artistas, Nésio Alves Corrêa, conhecido como Gildinho. Aos 82 anos, ele faleceu neste sábado (11) às 17h15, após uma batalha de 20 anos contra o câncer. Gildinho, fundador do grupo Os Monarcas, descobriu um tumor na tireoide duas décadas atrás e desde então vinha lutando contra a doença.

Entre idas e vindas dos tratamentos e dos palcos, Gildinho continuou se apresentando com a banda que criou em 1972. No dia 20 de novembro, foi internado no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, devido a sangramentos e dores ósseas, quando os médicos identificaram também um tumor na próstata. Durante sua liderança, Os Monarcas lançaram 50 discos e receberam dez discos de ouro, além de prêmios como o extinto “Prêmio Sharp” e o Prêmio Açorianos. Gildinho foi ainda patrono da Semana Farroupilha, agraciado com o Troféu Guri do Grupo RBS e a Medalha do Mérito Farroupilha da Assembleia Legislativa.

A filha, Sandra Márcia Borges Corrêa, emocionada, relembra o esforço do pai em continuar cantando, mesmo quando já não conseguia se expressar verbalmente. Movimentando as mãos como se estivesse tocando sua gaita, ele cantava com bravura, deixando uma marca indelével em todos que o assistiam. O legado de Gildinho como um verdadeiro guerreiro da música gaúcha será lembrado por aqueles que tiveram a oportunidade de assistir suas performances.

O velório de Gildinho está previsto para ocorrer neste domingo (12) no CTG Sentinela da Querência, na cidade de Erechim. Seu legado como um ícone da música tradicional gaúcha permanecerá vivo nos corações de seus fãs e admiradores. Nésio Alves Corrêa deixa um grande vazio no cenário musical do Rio Grande do Sul, mas sua música continuará ecoando e inspirando gerações futuras. Que sua alma descanse em paz.

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Chef cria ‘limão doce’ e manga com gengibre para enganar paladar: frutas fake que encantam os sentidos

Frutas fake: chef cria ‘limão doce’ e manga com gengibre para enganar os sentidos

Empreendedora de Curitiba apostou em produto pouco conhecido para se destacar no ramo de confeitaria. Para especialista, cenário para quem empreende no setor é positivo, impulsinado desde a pandemia.

Azedo ou doce? Chef cria sobremesas que imitam frutas

Quando a vida deu um limão à empresária Juliana Demário, de 43 anos, ela resolveu fazer… um doce idêntico à fruta. A chef, que mora em Curitiba, apostou em uma ramo da confeitaria em que sobremesas criam ilusões, imitando objetos ou, no caso dela, frutas. Na culinária, a técnica é chamada de entremet. As criações realistas da empreendedora despertam curiosidade, especialmente nas redes. Os limões feitos por ela tem recheio de gel de amora. Outro exemplo é a manga, que por dentro, tem a própria fruta misturada com gengibre. Além das redes, os doces também estão na vitrine da loja física de Juliana, que, em um primeiro momento, pode até parecer um horti-fruti, mas é uma confeitaria. Os valores de cada doce variam de R$ 30 a R$ 40, e a produção semanal é de cerca de 500 itens.

A chef explica que a técnica é inspirada na ideia do confeiteiro francês Cédric Grolet, famoso nas redes sociais e que soma mais de 11 milhões de seguidores. Segundo ela, no entremet do confeiteiro Cedric, a receita tenta imitar o gosto real do que ela estiver recriando. Se a sobremesa for um limão, o gosto será mais próximo de um limão. Na receita de Juliana, o cliente enxerga a fruta, mas ao experimentar sente a mistura do toque cítrico e do doce, bem longe do sabor original que a fruta tem.

O negócio criado por Juliana é uma das 716.192 Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) registradas no Paraná. Especificamente sobre as confeitarias, o cenário econômico é positivo, uma vez que o setor apresentou crescimento nos últimos anos. Veja números abaixo. O Paraná conta com 4.525 confeitarias. Curitiba lidera o ranking, com 2.081 pequenos empreendimentos. Em segundo lugar aparece Londrina, com 482 confeitarias, seguida de Maringá, com 348. Confira os dados no gráfico acima.

Entre os possíveis motivos que impulsionaram este crescimento está o aumento do consumo das chamadas comfort food – gastronomia afetiva, em tradução livre, como explica Giubertoni. Segundo a consultora, muitas pessoas passaram a buscar mais conforto na comida, assim os doces e bolos se tornaram uma maneira de trazer alegria em tempos difíceis, como foi na pandemia. Além disso, a consultora destaca que a pandemia possibilitou chefs e confeiteiros a aproveitarem o isolamento para buscar formas de se criar novos produtos, o que trouxe uma onda de inovação e ajudou o setor a se destacar.

No caso de Juliana, ela resolveu apostar no segmento em 2019. Houve dificuldade em fazer o negócio engrenar porque, segundo ela, era uma época em que as pessoas não entendiam a proposta e, por isso, os doces não despartavam tanto interesse. Na pandemia, porém, o cenário mudou e o setor da confeitaria ganhou destaque, como apontam dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP). Em 2021, o mercado de panificação e confeitaria faturou R$ 105,85 bilhões no país, um crescimento de 15,3% em relação a 2020.

Com colaboração de Caroline Maltaca, assistente de produtos digitais do g1 Paraná.

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