Após ataques, rebeldes querem boicotar conversas sobre a Síria no Cazaquistão

Os rebeldes sírios querem boicotar a nova rodada de conversações sobre a Síria marcada para esta semana no Cazaquistão, “uma vez que os ataques às zonas rebeldes e o assassinato de civis continuam, apesar do cessar-fogo que entrou em vigor em dezembro”, explicou hoje (13) o porta-voz da oposição, Ahmed Ramadan. As informações são da agência de notícias alemã DPA.

“Ademais, ainda não chegou nenhum carregamento de ajuda humanitária às regiões sitiadas, e a Rússia, como potência mediadora, não cumpriu com o prometido”, disse Ramadan.

A Rússia criticou a decisão, dado que as violações pontuais do cessar-fogo não são desculpa para realizar um boicote, disse o vice-ministro de Relações Exteriores russo Guennadi Gatilov, em Moscou. Além disso, ele assegurou que desde que se acordou a trégua, a situação se normalizou nas zonas assediadas.

Frágil cessar-fogo

O objetivo das conversações planejadas para esta terça-feira e quarta-feira (14 e 15) na capital do Cazaquistão, Astana, é negociar – sob a mediação da Rússia e da Turquia- o reforço do frágil cessar-fogo.

Os ativistas denunciam, contudo, que as tropas do governo sírio atacam continuamente a zona ocupada pelos rebeldes a leste da capital síria, Damasco, assim como o bairro de Al Waer, na cidade de Homs, no centro do país.

A Agência Árabe Síria de Notícias (Syrian Arab News Agency -SANA, em inglês) anunciou que os rebeldes aprovaram uma retirada deste bairro, mediada pela Rússia. Se trata da última zona controlada pelos rebeldes em Homs. Segundo a ONU, ao redor de 50 mil pessoas estão incomunicáveis há meses em Al Waer, onde a situação humanitária é crítica.

Genebra

Apesar da negativa dos rebeldes, hoje se reuniram em Astana os negociadores do governo sírio, da Rússia e da ONU, segundo indicou o Ministério de Relações Exteriores do Cazaquistão. Nas primeiras negociações, que ocorreram em janeiro e fevereiro, também participou a oposição síria. Contudo, não se registraram avanços substanciais.

As conversações de Astana têm lugar paralelamente às negociações de paz de Genebra, auspiciadas pela ONU, que continuarão em dez dias. A Rússia, junto com o Irã, é o aliado mais importante do governo sírio, enquanto que a Turquia apoia os grupos rebeldes.

Para poder alcançar uma solução diplomática para o conflito, que já dura seis anos, é indispensável o estabelecimento de um cessar-fogo permanente.

Fonte: Agência Brasil

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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