A Polícia Civil está avaliando a possibilidade de pedir a exumação do corpo de José Lori da Silveira Moura, pai de Deise Moura dos Anjos, que está presa sob suspeita de matar quatro pessoas da família do marido por envenenamento.
Acusações e morte familiar
Deise é acusada de ter envenenado três pessoas através de um bolo com arsênio em dezembro de 2024 e outra pessoa meses antes, também com o mesmo composto químico. José Lori da Silveira Moura faleceu aos 67 anos em Canoas, em 2020, devido a cirrose. No entanto, a polícia quer esclarecer outros casos de morte de pessoas próximas ao círculo familiar de Deise, considerando o comportamento frio que ela apresentou durante as investigações.
Durante uma coletiva de imprensa, o delegado Marcos Veloso afirmou que Deise pesquisou e comprou arsênio muito antes da primeira morte por envenenamento no núcleo familiar. A diretora regional de polícia do Litoral, Sabrina Deffente, também destacou que há fortes indícios de que Deise tenha praticado outros envenenamentos em pessoas próximas da família.
A diretora-geral do IGP, Marguet Mittmann, explicou que é possível identificar a presença de arsênio por muitos anos, e que a polícia pode enviar materiais para análises. No caso de Paulo Luiz dos Anjos, a perícia afirmou que a quantidade de arsênio era alta.
Além disso, há suspeitas de que Deise tenha envenenado o marido e o filho. Seis pessoas da mesma família passaram mal após consumir um bolo que continha arsênio, resultando em três mortes. Zeli Teresinha dos Anjos, responsável por fazer o bolo, foi hospitalizada.
A causa da morte de Paulo Luiz foi inicialmente atestada como intoxicação alimentar, mas a exumação confirmou arsênio como causa. Deise comprou arsênio pela internet e pesquisou sobre a substância, aguardando provas para se manifestar.