Alckmin reafirma opinião sobre posse de armas em áreas agrícolas

Na noite da última quinta-feira (05), o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a defender sua opinião acerca de medidas para aumentar a segurança no campo. Em jantar que reuniu mais de 200 líderes do agronegócio, da indústria e do comércio de Mato Grosso, o ex-governador de São Paulo e pré-candidato à presidência afirmou que, caso eleito, “liberaria o porte e a posse de arma em áreas agrícolas”.

Ele também citou outra medida, que seria a criação de uma agência nacional de inteligência com especialistas em segurança. O objetivo seria traçar estratégias contra o crime organizado.

Segundo o candidato, em seus três primeiros meses de governo ele pretende aprovar quatro reformas: tributária simplificada, previdenciária, política e do Estado. Também falou da redução da criminalidade, dos gastos do Estado e de sua experiência administrativa, tudo com base em seu governo no estado de São Paulo.

Retomada

Em 17 de maio de 2018, Geraldo Alckmin admitiu pela primeira vez facilitar o porte de armas no campo. Tendo em vista a adesão de setores rurais à candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PSL). Na ocasião ele afirmou: “Claro que porte de arma pode ter, na área rural, até deve ser facilitado. Porque as pessoas estão mais distantes. Se mora isolado, fica alvo fácil. No agro hoje, as coisas são caras, equipamentos têm valores impressionantes. Então você atrai quadrilha”.

Apesar da mudança no posicionamento, o tucano fez ponderações à defesa do porte civil de armas encampada por diversos presidenciáveis. “Temos que tirar a arma da mão do bandido. [Armar a população] não é o caminho para você trazer segurança no campo. Precisa ter investigação, ação de inteligência”, afirmou ele, durante anúncio da sua equipe econômica, em São Paulo.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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