Professores da rede municipal de pelo menos cinco municípios do estado do Rio de Janeiro estão enfrentando atrasos nos salários, o que tem gerado preocupação e descontentamento. São João de Meriti, São Gonçalo, Rio Bonito, Teresópolis e Seropédica são os municípios em questão, nos quais os profissionais da educação estão sofrendo com a falta de regularidade nos pagamentos. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação tem acompanhado de perto essa situação preocupante.
Em São João de Meriti, o prefeito Léo Vieira, do Republicanos, ainda não efetuou o pagamento do 13º salário para os aposentados, causando transtornos financeiros para esses profissionais. A professora aposentada Dona Rosângela relatou que teve que recorrer ao cheque especial para conseguir arcar com algumas contas, já que a situação na cidade é caótica.
Além disso, professores da ativa de outros municípios também estão enfrentando atrasos nos salários, em um período em que deveriam estar desfrutando das férias escolares com tranquilidade. Em São Gonçalo, a falta de pagamento correto do 13º salário pelo prefeito reeleito Capitão Nelson, do PL, tem gerado revolta entre os professores, que não receberam os devidos adicionais pelas horas extras e dobras de horário.
O novo prefeito de Rio Bonito, Marcos Abrahão, do União, decretou estado de calamidade financeira no município e ainda não efetuou o pagamento de dezembro de 2024 e do 13º referente às férias de janeiro para os professores da ativa. Em Teresópolis, os professores estão sem o 13º salário e um terço das férias, e o prefeito Leonardo Vasconcellos, do União Brasil, ainda não deu previsão para regularizar a situação.
Flávio Lopes de Oliveira, professor da rede municipal de Teresópolis, destacou as dificuldades enfrentadas devido aos atrasos nos pagamentos, que têm impactado sua organização financeira e gerado instabilidade. Em Itaguaí, o pagamento dos professores só foi efetuado após uma semana de espera e uma reunião com o presidente da Câmara, Hadolinho, do PDT.
As prefeituras envolvidas deram declarações ao RJ2 sobre os atrasos nos pagamentos. Seropédica atribuiu o atraso à falta de repasse de verbas obrigatórias da união e prometeu divulgar um cronograma de pagamento em breve. São João de Meriti decretou calamidade financeira e se comprometeu a regularizar os pagamentos, enquanto São Gonçalo argumentou que a jornada suplementar não está incluída no cálculo do décimo terceiro.
Teresópolis agendou uma reunião para tratar do pagamento do 13º salário e do terço das férias, enquanto Itaguaí justificou os atrasos por problemas na transição entre gestões e falta de saldo nas contas da prefeitura. A prefeitura de Rio Bonito não se manifestou sobre a situação dos professores. A incerteza e a instabilidade financeira têm impactado diretamente a vida dos profissionais da educação, que lutam para receber seus salários em dia e garantir sua subsistência.