A Justiça decretou a prisão preventiva do técnico de jiu-jitsu Alcenor Alves Soeiro, 57 anos, suspeito de abusar sexualmente de atletas menores de idade há pelo menos 15 anos em Manaus. Alcenor estava cumprindo prisão temporária, que havia sido prorrogada por 30 dias e venceria nesta sexta-feira (17). Com isso, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva, que foi decretada pelo Judiciário.
Alcenor foi preso em novembro do ano passado durante um campeonato em Itajaí, Santa Catarina. Uma das vítimas, um atleta amazonense, atualmente com 23 anos, usou as redes sociais para relatar os abusos que sofreu entre os 10 e 14 anos, cometidos pelo suspeito. O treinador dava remédios para as crianças dormirem e cometia os crimes durante as viagens do grupo.
A Polícia Civil informou que os abusos praticados pelo técnico de jiu-jitsu ocorriam durante viagens para campeonatos e em sua casa, onde ele dopava as vítimas. O suspeito costumava presentear os atletas com roupas, equipamentos, passagens aéreas, inscrições em campeonatos e videogames. Uma vítima que denunciou os abusos afirmou não saber como reagir.
Os crimes, que ocorreram desde 2014, eram facilitados pelo fato do suspeito ser professor de jiu-jitsu. O delegado de Santa Catarina revelou que Alcenor planejava fugir para Dubai. A rede Amazônica acompanhou de perto o desdobramento do caso e compartilhou as informações com o público.
A prisão preventiva de Alcenor Alves Soeiro foi decretada como medida para proteger a sociedade e evitar que novos abusos possam ser cometidos. A investigação continuará para reunir mais provas contra o suspeito e garantir que a justiça seja feita. É fundamental que casos de abuso sexual sejam denunciados e que as vítimas encontrem o apoio necessário para superar o trauma causado por essas violações.