PMs presos em operação por morte de delator do PCC: detalhes da investigação

Veja o que se sabe sobre os PMs presos em operação que investiga assassinato de
delator do PCC

Na quinta (16), 15 militares suspeitos de participarem da morte de Vinícius
Gritzbach foram presos. Polícia rastreou sinal de celular para identificar
localização de PM acusado de ser um dos atiradores. DHPP disse que mandante do
crime faz parte da facção.

1 de 2 O cabo da Polícia Militar Denis Antonio Martins, acusado de ser o
atirador que executou o delator da facção criminosa PCC, Vinicius Gritzbach. —
Foto: Montagem/de/Reprodução/TV Globo

O cabo da Polícia Militar Denis Antonio Martins, acusado de ser o atirador que
executou o delator da facção criminosa PCC, Vinicius Gritzbach. — Foto:
Montagem/de/Reprodução/TV Globo

A Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo
prendeu nesta quinta-feira
(16) 15 policiais suspeitos de envolvimento no assassinato do empresário
Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Executado no Aeroporto Internacional de São Paulo no ano passado,
Gritzbach era acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a
facção. Na delação premiada assinada com o Ministério Público, ele entregou o
nome de pessoas ligadas ao PCC e também acusou policiais de corrupção.

Veja abaixo o que se sabe sobre a investigação:

Como e quando as investigações começaram?
Quais elementos levaram à prisão dos PMs?
Qual a tecnologia de rastreamento usada pela polícia?
Quem são os policiais presos?
Quem é o mandante do assassinato?
Como o delator foi morto?

COMO E QUANDO AS INVESTIGAÇÕES COMEÇARAM?

A investigação que culminou na prisão dos 15 policiais começou após uma denúncia
anônima recebida em março do ano passado sobre o vazamento de informações
sigilosas da polícia que favoreciam criminosos ligados à facção. O objetivo era
evitar prisões e prejuízos financeiros do grupo criminoso.

Segundo a Corregedoria, informações estratégicas eram vazadas e vendidas por
policiais militares da ativa e da reserva para integrantes do PCC. Um dos
beneficiados pelo esquema era Gritzbach.

Em outubro, uma nova denúncia chegou à Corregedoria com fotos que mostravam PMs
fazendo escolta para o empresário durante uma audiência no Fórum da Barra Funda,
na Zona Oeste da capital. Em seguida, um inquérito militar policial foi
instaurado.

Em 8 de novembro, Gritzbach foi morto com dez tiros na saída da área de
desembarque do Terminal 2 do aeroporto.
Ele carregava uma bagagem contendo mais de R$ 1 milhão em joias
e objetos de valor no momento do crime. O empresário voltava de uma viagem de
Alagoas acompanhado da namorada.

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