Aberto prazo para cadastro online obrigatório de postos de combustíveis

inflação acelera

Prazo foi definido pelo Ato nº 37/2018, do procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto, após a aprovação da legislação estadual que permitiu implementar a iniciativa (Lei Estadual 19.888/2017) e de uma fase inicial de testes e adequações do sistema do aplicativo virtual

O prazo para cadastramento obrigatório dos postos de combustíveis de Goiás na plataforma online do Sistema Olho na Bomba, começa nesta segunda-feira (9). O projeto, idealizado pelo Ministério Público de Goiás, tem o objetivo de ampliar a fiscalização e propiciar ao consumidor uma ferramenta virtual que facilite o acesso, em tempo real, aos preços de gasolina, etanol e diesel. Prazo foi definido pelo Ato nº 37/2018, do procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto, após a aprovação da legislação estadual que permitiu implementar a iniciativa (Lei Estadual 19.888/2017) e de uma fase inicial de testes e adequações do sistema do aplicativo virtual.

A edição do ato estava prevista na Lei nº 19.888/2017, sancionada pelo então governador Marconi Perillo em 20 de novembro do ano passado. A norma estabelece a obrigatoriedade de informação ao Ministério Público dos valores cobrados pelo litro de combustível pelos postos revendedores. O período de cadastramento obrigatório, vai de hoje até 8 de agosto. Esse cadastro deverá ser feito na plataforma criada para o Sistema Olho na Bomba, acessada pelo site do MP, no endereço www.olhonabomba.mpgo.mp.br. Ao final do cadastramento, os postos deverão imprimir um termo de declaração de veracidade das informações prestadas e dos documentos apresentados. Esse documento deverá ser assinado, com reconhecimento de firma por autenticidade, e entregue na sede do MP em Goiânia, no Jardim Goiás, ou enviado por AR ao órgão.

No dia 9 de agosto, começa a valer a obrigatoriedade dos postos de informar ao MP o preço do litro de combustível, conforme definido na lei. Se os estabelecimentos não se cadastrarem, não conseguirão comunicar o valor dos combustíveis e de eventuais reajustes ao MP, o que poderá resultar na aplicação das penalidades previstas na norma legal. A construção do Sistema Olho na Bomba está sendo feito pelo MP-GO em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). A ação contará com o apoio do Procon Goiás e do Procon Goiânia para a fiscalização do cumprimento da lei.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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