Nesta sexta-feira, Antônio José Campos Moreira tomou posse como procurador-geral do Rio de Janeiro, após ser o mais votado na eleição do Ministério Público do Rio (MPRJ). Com 38 anos de experiência, a maior parte na área criminal, Antônio José assume o cargo com o objetivo de fortalecer o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e enfrentar diversas questões, como as milícias, tráfico de drogas e jogo do bicho. Além disso, pretende criar equipes especiais e um núcleo de combate a golpes cibernéticos e jogos eletrônicos ilegais.
Durante sua carreira, Antônio José se destacou como chefe de gabinete do então procurador-geral de Justiça, Antônio Carlos Biscaia, atuando no combate à influência do bicheiro Castor de Andrade em Bangu, Zona Oeste da cidade. Juntos, eles chamaram policiais do serviço reservado da Polícia Militar e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para atuar em uma operação no bunker de Castor, o que resultou na divulgação da lista de propinas do contraventor, envolvendo nomes de políticos, policiais e famosos.
Antônio José Campos Moreira obteve 583 votos na eleição para procurador-geral do RJ, enquanto sua única concorrente, Leila Costa, recebeu 346 votos. Diferente de outras eleições, desta vez não houve a formação da lista tríplice, sendo o governador Cláudio Castro responsável por escolher o mais votado. Em 2023, Leila foi a mais votada, mas o governador optou pelo segundo colocado, mantendo Luciano Mattos no cargo até a posse de Antônio José na quinta-feira (16).
Já Paulo Vinícius Cozzolino Abrahão assumiu como defensor público-geral do Rio, em um mandato de 2 anos, após ser o mais votado em uma eleição interna. Nomeado pelo governador Cláudio Castro, Cozzolino já atuou em 28 cidades como defensor, presidindo a caixa de assistência aos membros da Defensoria e atuando como professor universitário. Durante seu discurso, ressaltou a importância do reajuste do orçamento da Defensoria e prometeu trabalhar por condições de trabalho mais humanas e incentivar a mediação para resolução de conflitos, evitando a judicialização.