Lei do Desmanche começa a valer em Goiás

Com a finalidade de reduzir o número de roubos e furtos de veículos no país, Goiás será o terceiro estado do Brasil a seguir a Lei do Desmanche, de número 12.977/2014, que regula e disciplina a atividade de desmontagem e reciclagem de veículos automotores terrestres no país com garantia do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul já seguem a legislação.

A legislação nacional determina que o veículo somente deve ser desmontado depois de expedida a certidão de baixa do registro no Detran-GO. Em caso de descumprimento, a loja ou desmanche está sujeito à multa, dependendo do tipo de infração – leve, média ou grave.

Caso houver o acúmulo de multas que totalizem mais de R$ 20 mil, a empresa será suspensa de receber veículos ou partes para desmontagem.  Se a empresa cometer qualquer infração durante o período de suspensão, poderá ser interditada e até mesmo receber a cassação do registro de funcionamento.

Em Goiás, até o dia 31 de julho, as lojas de comércio de peças usadas e de desmontagem de veículos devem se credenciar no Detran.  Diferentemente de São Paulo, o Detran-GO não adquiriu um software, mas convocou empresas de tecnologia que oferecem sistema de gestão online para credenciamento.

Com a nova lei, cada peça de cada veículo, seja carro, ônibus, caminhão, ou moto, será identificada com uma etiqueta de segurança que possui o nome da peça, um número de rastreio e um QR Code.

A Valid, empresa provedora global de soluções seguras personalizadas, é uma das empresas credenciadas no Detran-GO,  adquire uma cartela completa, com etiquetas suficientes para todas as peças que podem ser vendidas. A cartela de carro, por exemplo, possui 49 etiquetas e a de ônibus 122.  “Nem todas as peças do veículo adquirido serão identificadas, assim a sobra de etiquetas deve ser informada ao Detran através do sistema”, explica o Gerente de Soluções da Valid, Mário Nakaharada.

A principal vantagem desta lei é para o consumidor que conseguirá identificar a origem de cada peça que comprou. “A Valid ainda disponibiliza um aplicativo para smartphone que lê o QR Code da peça e mostra a origem da mesma, até mesmo com fotos do veículo adquirido no leilão.  O App e o site da empresa também ajudam quem está procurando por uma peça específica: ele mostra as opções de lojas que a possuem o produto em estoque”, complementa Nakaharada.

A Lei do Desmanche traz vantagens para toda a sociedade. O Governo, Detrans  e as polícias terão maior controle do setor de peças usadas. O consumidor tem a certeza que a peça não é roubada e as lojas têm gratuitamente um sistema de gestão de estoque.

Nesta primeira etapa, as empresas devidamente credenciadas no DETRAN-GO e que desejam contratar a Valid para o serviço podem entrar no site do sistema e se cadastrarem. Com isso, essas empresas terão acesso à plataforma web de gestão de autopeças que permite com que elas possam fazer a aquisição das cartelas pela internet. As lojas não pagam nada pelo software e a entrada só é permitida com o uso de certificação digital.

Novo passo

Já na segunda etapa, que segue até o dia 31 de dezembro, deve ser realizado o cadastro das peças em estoque de cada empresa. Com este procedimento, cada item do carro desmontado será identificado e receberá uma etiqueta, que permitirá o conhecimento da procedência.

Para fazer este cadastro, a empresa de autopeças deve realizar uma solicitação via internet. Com isso, ela fica apta a adquirir as cartelas da Valid, que enviará as cartelas. “As cartelas devem ser armazenadas em um lugar seguro, sem riscos de extravios, roubos e perdas, evitando o uso de forma irregular. No momento do uso (aplicação), a cartela deve ser associada a um veículo, junto com a nota fiscal de compra. Com isso, através de uma etiqueta no mercado, há possibilidade de verificar a origem da peça e até mesmo identificar erros”, explica Nakaharada.

Para maior segurança, todas as etiquetas são confeccionadas conforme a orientação da lei, em material plástico conhecido como “casca de ovo”. “Devido a este material, a etiqueta se rompe em várias partes durante a tentativa de sua extração da peça identificada, impedindo o seu reuso”, revela Mário.

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Comediante tem shows cancelados após piada sobre enchentes no Rio Grande do Sul

O comediante Abner Dantas teve seus shows em Canoas e Novo Hamburgo, marcados para os dias 27 e 28 de novembro, cancelados após publicar um vídeo polêmico nas redes sociais. Na publicação, Dantas fez uma piada de mau gosto sobre as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul no primeiro semestre deste ano, causando a morte de mais de 170 pessoas.

No vídeo, o humorista utilizou filtros de rede social e simulou uma pessoa se afogando, enquanto convidava o público para suas apresentações. Ele ainda escreveu na legenda: “Assim como vocês tiveram que construir novas casas, eu estou construindo o meu show solo e vou testá-lo dia 27 em Canoas e 28 em Novo Hamburgo”.

A postagem foi duramente criticada por internautas, que classificaram o conteúdo como insensível e desrespeitoso. Comentários como “Quando não se tem talento, usa-se a apelação” e “Respeite quem passou por essa tragédia” foram comuns.

Diante da repercussão negativa, Dantas publicou um vídeo de desculpas, mas manteve um tom irônico ao aparecer vestido de mergulhador e salva-vidas. Ele afirmou que gostaria de se desculpar pessoalmente com o público gaúcho, mas a tentativa não foi bem recebida.

O Buteco Comedy Bar, onde os shows aconteceriam, anunciou o cancelamento das apresentações. Em nota, o estabelecimento repudiou a abordagem de Dantas e destacou o impacto das enchentes na região, que afetaram diretamente funcionários e familiares dos proprietários.

Felipe Vacilotto, sócio do Buteco Comedy, declarou que a decisão foi imediata: “Assim que vimos a postagem, decidimos na hora cancelar. Mandamos uma mensagem para a produção.” As apresentações foram oficialmente suspensas e a venda de ingressos retirada do ar.

 

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