Ex-PM expulso da corporação é morto em atentado com mais de 140 tiros em Curitiba
Entre as armas utilizadas no crime está um fuzil. Mulher que estava com ele foi
ferida na perna e encaminhada para um hospital. Polícia investiga o caso.
Ex-PM é morto a tiros em Curitiba
Ex-PM é morto a tiros em Curitiba
O ex-policial militar Anderson Lobrigatte, de 38 anos, foi morto a tiros em
Curitiba na madruga desta sexta-feira (17) no bairro Capão Raso, em Curitiba.
Segundo o Boletim de Ocorrência (B.O), mais de 140 tiros foram disparados contra
o policial e o carro de luxo semiblindado em que ele estava. Entre as armas
utilizadas no crime está um fuzil.
De acordo com o B.O, Lobrigatte tinha ido a uma tabacaria e estava dando carona
para uma amiga, de 20 anos. Segundo a polícia, ao chegar na casa da jovem,
enquanto descia do carro, dois homens encapuzados se aproximaram em uma moto e
fizeram os disparos contra o ex-PM.
A mulher foi ferida na perna e encaminhada para um hospital de Curitiba. O
estado de saúde dela é estável. Os autores dos disparos não foram localizados. A Polícia Civil informou que
investiga o caso.
Lobrigatte entrou para a corporação em fevereiro de 2016 e saiu em janeiro de
2021, quando foi expulso.
O DE questionou o motivo da expulsão à Polícia Militar. No entanto, a instituição
não o informou até a publicação desta reportagem.
Condenação em 2022
Em 2022, ele foi condenado pelos crimes de organização de grupo para a prática
de violência e constrangimento ilegal. A condenação considerou um episódio de dezembro de 2018, no qual Lobrigatte e
outro policial foram flagrados em vídeo atirando contra o chão na Vila Corbélia, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
O vídeo foi gravado horas antes de um incêndio que destruiu centenas de casas na
vila. Na época, a suspeita era de que o incêndio era uma represália da polícia
pelo assassinato de um policial militar no bairro.
As investigações do caso contaram com uma operação do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Corregedoria-Geral da
Polícia Militar que tinha como alvo os então policiais militares.
O DE questionou o Gaeco e a Polícia Militar se a saída de Lobrigatte da
corporação tem ligação com o caso, porém, até a publicação desta reportagem, não
obteve resposta.
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