Ivan Blaz é exonerado do comando do batalhão de Botafogo após ação suspeita em prédio no Rio: investigação em andamento

Ex-porta voz da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Ivan Blaz foi exonerado do comando do batalhão de Botafogo após uma ação suspeita em um prédio residencial do bairro. O tenente coronel, que estava sem camisa e com um copo na mão, alegou que estava investigando uma denúncia sobre a presença do traficante Peixão no local. A confusão resultou em moradores ligando para a PM, com o porteiro sendo rendido, e Blaz deixando o local sem efetuar prisões. A Corregedoria Geral de Polícia Militar está apurando os fatos.

Blaz ocupava a posição de comandante do 2º BPM (Botafogo) desde o final de 2024, mas foi exonerado após o incidente registrado em um prédio no Flamengo. A Corregedoria instaurou um inquérito para investigar o comportamento do tenente coronel, que teria agido de forma irregular ao adentrar o prédio em busca do traficante denunciado anonimamente. O nome de Peixão é associado a Álvaro Malaquias Santa Rosa, um dos mais procurados no Rio de Janeiro.

As câmeras de segurança registraram a presença de Blaz e uma mulher à paisana na calçada do prédio, com o tenente beijando a mulher e mexendo no celular antes de se dirigir à portaria. Outro vídeo mostra o momento em que o porteiro é rendido, permanecendo com o rosto no chão enquanto a mulher está em cima dele. Após invadirem o apartamento da síndica, a administração do prédio relata que os invasores estavam armados e alegaram estar à procura de um traficante.

Mesmo diante da presença da polícia fardada, Blaz e a mulher deixaram o local sem efetuar prisões. Em comunicado, a administração afirmou que os moradores acionaram a polícia ao perceberem a movimentação estranha no prédio, comprovando o susto e a confusão gerados pelo comportamento do tenente coronel e sua acompanhante. Apesar das ações realizadas, nenhum indivíduo foi detido no episódio.

Após ser exonerado do comando do batalhão de Botafogo, Blaz foi transferido para a Diretoria Geral de Pessoal, conforme informado pela Polícia Militar. O secretário de Estado de Polícia Militar tomou a decisão de afastar o oficial de seu cargo e realocá-lo em uma nova função. Blaz se recusou a conceder entrevistas, limitando-se a mencionar sua presença no local com a intenção de prender um criminoso.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp