Plantio de mudas em homenagem às vítimas do ataque no assentamento Olga Benário: DE reforça segurança em São Paulo

DE faz plantio de mudas de árvores nativas em homenagem às vítimas do ataque ao assentamento Olga Benário, do MST, localizado em Tremembé, no interior de São Paulo. O ataque que ocorreu completou uma semana nesta sexta-feira (17). O programa de proteção do governo federal incluiu 26 moradores do assentamento, e a Polícia Civil segue investigando o caso, já tendo prendido um suspeito e buscando por outros quatro homens.

O plantio simbólico de 70 mudas de árvores nativas foi uma forma de resistência e memória aos moradores assassinados a tiros, Valdir Nascimento, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 27. Mesmo com o reforço policial no local, os moradores ainda relatam sentir medo devido ao trauma vivido após o ataque. A dirigente do DE, Patrícia Maria Alves, ressaltou a importância do plantio como um ato simbólico de resistência.

A equipe do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, chegou ao assentamento para conversar com os moradores e elaborar medidas de segurança. Até o momento, 26 moradores foram incluídos no programa nacional de proteção. O coordenador-geral do programa, Igor Martini, destacou a importância da continuidade do atendimento emergencial às vítimas.

Com relação à segurança do assentamento, o coordenador-geral afirmou que estão sendo instalados equipamentos de segurança, como câmeras de monitoramento e sistemas de comunicação e alerta. O objetivo é garantir a monitorização 24 horas do local, permitindo que em situações de risco, as autoridades policiais e o programa de proteção sejam acionados imediatamente.

O grupo de atuação especial de combate ao crime organizado (DE) auxilia na investigação do ataque ao assentamento. Uma força-tarefa foi montada pela Polícia Civil, que conta com três delegados e 30 investigadores no caso. A motivação, a identidade dos autores e a produção de provas são os focos principais da investigação.

O crime ocorreu no assentamento Olga Benário, em Tremembé, onde houve uma disputa por um lote específico, resultando em duas mortes e seis feridos. A Polícia Civil identificou cinco suspeitos, sendo um deles conhecido como “Nero do Piseiro”, e os demais foragidos. O Gaeco também está auxiliando na investigação para oferecer uma resposta rápida à sociedade.

Além da atuação do Gaeco, a Polícia Civil realizou uma nova perícia no assentamento com análise de scanner 3D. O objetivo é obter mais informações sobre o local do ataque. Agentes do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania também visitaram as famílias do assentamento para traçar um plano de proteção, incluindo atendimento psicológico e ouvidoria para possíveis denúncias.

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