O impasse entre Lúcia Vânia e Demóstenes

A base aliada do governo está vivendo dias de tensão nesse período que antecede as convenções partidárias para definir os candidatos que vão disputar as eleições em outubro deste ano.

O problema é a situação de oposição instaurada dentro da base governista pela disputa da segunda vaga para candidato ao Senado Federal entre a atual senadora Lúcia Vânia (PSB) e o procurador de justiça, Demóstenes Torres (PTB). A primeira candidatura ao Senado a ser lançada pela base é a do ex-governador Marconi Perillo (PSDB).

As pesquisas de intenções de voto divulgadas até o momento apontam um crescimento de Demóstenes chegando a ter um empate técnico com Lúcia Vânia. Esse fato tem dividido a opinião dos políticos dentro da base e feito com que tanto PTB, quanto PSB pressionem o atual governador José Eliton e o PSDB na tentativa de conquistar o apoio do maior partido da chapa para a disputa do segundo nome para senador.

Em entrevista a Rádio Sagres no dia cinco de julho, a senadora transferiu para José Eliton, Marconi Perillo e aliados o ônus da decisão sobre seu futuro. “Não depende de mim. A avaliação de quem deve compôr a chapa é feita pelas lideranças, pelos partidos. Se houvesse uma igualdade de posição, uma disputa seria natural. Mas não existe essa igualdade. Eu trabalhei oito anos para o Estado, ele (Demóstenes) ficou oito anos licenciado. É muito complicado você estabelecer critérios dentro de uma situação inusitada”, afirmou.

Em resposta a declaração de Lúcia Vânia, o procurador de justiça avaliou que os anos que sucederam sua saída do Senado foram de muito trabalho e estudo. “Algumas lideranças carcomidas da política local adorariam que eu estivesse morto e enterrado. Mas, graças a Deus, estou vivo e forte, cada vez mais vivo e mais forte para realizar o propósito de Deus para mim. Os últimos anos foram de muito trabalho, apesar de alguns da política terem tentado empurrá-lo para escanteio”, reagiu.

Embora a senadora continue sendo o nome da preferência das principais lideranças da base governista para a chapa majoritária com José Eliton e Marconi Perillo (ambos PSDB), o PTB, estrategicamente, anunciou há mais de mês o seu apoio a candidatura do atual governador. Não o fez por precipitação. O apoio funciona como mais um elemento de pressão sobre o governador e sobre Marconi na negociação para emplacar a candidatura de Demóstenes ao Senado.

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Goiás lidera crescimento econômico nacional com 3,5% em setembro

Goiás se destacou mais uma vez como o líder do crescimento econômico nacional em setembro, com um aumento de 3,5% na variação mensal, comparado ao mês de agosto. Este crescimento é mais de quatro vezes superior à média nacional, que foi de 0,8% no mesmo período. As informações são do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), medido pelo Banco Central e analisado pelo Instituto Mauro Borges (IMB).
 
A atividade econômica goiana também apresentou um significativo avanço interanual, com um crescimento de 4,7% em setembro de 2024 em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado em 12 meses, o avanço goiano foi de 3,8%, enquanto no acumulado do ano, entre janeiro e setembro, o crescimento foi de 2,4%.
 
O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, atribuiu o crescimento observado a investimentos estratégicos e setores em ascensão. “Mais uma vez a economia em Goiás se destaca entre as demais unidades federativas com o índice divulgado. O crescimento observado é fruto de investimentos estratégicos e setores em ascensão que contribuem para o nosso desenvolvimento econômico,” afirmou.
 
O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) é um indicador considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e é utilizado para monitorar o desempenho da economia em bases mensais. Ele mede a evolução da atividade econômica, considerando dados de setores como indústria, comércio e serviços.

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