Com prejuízo bilionário, AgroGalaxy desaba e ação vale menos de R$ 1
Por volta das 15h, os papéis da varejista de insumos agrícolas AgroGalaxy desabavam 13,7% e eram negociados a R$ 0,63 na Bolsa. Depois de anunciar um prejuízo bilionário no terceiro trimestre de 2024, a varejista de insumos agrícolas AgroGalaxy, em recuperação judicial, amarga, nesta terça-feira (21/1), uma queda expressiva de suas ações na Bolsa de Valores brasileira.
Por volta das 15 horas, os papéis da empresa desabavam 13,7% e eram negociados a menos de R$ 1 (R$ 0,63). Desde o pedido de recuperação judicial da AgroGalaxy, em setembro do ano passado, os papéis da empresa estão em queda livre na Bolsa. A queda acumulada no período ultrapassa 47%. A divulgação do balanço da AgroGalaxy referente ao terceiro trimestre de 2024 foi adiada duas vezes. Ela estava prevista inicialmente para novembro, mas a empresa acabou pedindo prazo adicional à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por causa da necessidade de revisão das contas.
No período entre julho e setembro de 2024, a companhia teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 1,58 bilhão – bem maior que o resultado negativo de R$ 88,7 milhões do mesmo período do ano anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi negativo em R$ 1,2 bilhão, ante um resultado positivo de R$ 74,4 milhões do terceiro trimestre de 2023. A receita líquida da AgroGalaxy recuou 48,6%, para R$ 1,2 bilhão. As dívidas da varejista agrícola somaram R$ 4,6 bilhões. “Com o advento da recuperação judicial, praticamente fizemos um fechamento de ano. O nível de exigências é elevado, fomos testados ao máximo nos nossos níveis de controle e contabilizações”, afirma o diretor financeiro da empresa, Luiz Conrado Sundfeld.
Depois de abrir o pregão desta terça em baixa, o Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores do Brasil, operava próximo da estabilidade no meio da tarde, alterando perdas e ganhos. Às 15h15, o índice oscilava negativamente 0,03%, aos 122,8 mil pontos. Pouco depois das 10h30, o índice recuava 0,36%, aos 122,4 mil pontos. Na véspera, o Ibovespa fechou com ganhos de 0,41%, aos 122,8 mil pontos. Na pontuação máxima de segunda-feira (20/1), o Ibovespa bateu os 123 mil.