Policial Militar é preso por envolvimento no assassinato de delator em São Paulo

Na terça-feira, 21, a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo prendeu um policial militar suspeito de ser o segundo atirador no assassinato do delator Vinícius Lopes Gritzbach. A prisão ocorreu na sede do 20º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, em Barueri, e o suspeito será encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes (PMRG).

Com essa nova prisão, o número de detidos por envolvimento no caso chega a 26, incluindo 17 policiais militares, cinco policiais civis e quatro pessoas relacionadas ao homem apontado como olheiro do crime, que está foragido. A investigação é conduzida por uma Força-Tarefa que inclui o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e as corregedorias das polícias civil e militar.

Primeiro policial militar preso

Na última quinta-feira, 16, a Corregedoria já havia prendido o primeiro policial militar identificado como um dos autores dos disparos contra Gritzbach. Imagens das câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, mostram dois atiradores saindo do carro e atirando. Na mesma operação, mais 14 PMs foram presos por suspeita de envolvimento com o crime organizado e por prestarem serviço de segurança ilegal ao delator.

Na mesma data, a namorada do homem apontado como olheiro do crime foi presa pelo DHPP por meio de um mandado obtido em uma investigação sobre tráfico de drogas. A mulher de 28 anos era responsável por comercializar as drogas de posse do namorado Kauê do Amaral Coelho, que tem mandado de prisão expedido e está foragido.

No dia seguinte, outro envolvido foi detido por ter relação com Kauê e por associação ao tráfico de drogas. Em outra ação do DHPP, um tenente da PM foi preso no sábado, 18 de janeiro, por ser o condutor do veículo utilizado na execução do crime.

A diretora do DHPP, delegada Ivalda Aleixo, informou que a polícia tem duas linhas de investigação bastante adiantadas para identificar o mandante da execução de Gritzbach, ambas apontando para membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Delação de Vinícius Lopes Gritzbach

Vinícius Lopes Gritzbach, acusado de lavagem de dinheiro e de ter mandado matar duas pessoas do PCC, fez um acordo de delação com o Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo em março de 2024. Na colaboração, o réu citou agentes públicos e denunciou um esquema de lavagem de dinheiro utilizado pelo PCC. O delator foi ouvido na Corregedoria oito dias antes de ser morto.

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