Família de Itu procura jovem que desapareceu há 6 meses após se mudar para trabalhar em São Paulo: ‘Sumiu sem deixar rastros’
Miriam De Sousa Rodrigues De Almeida, de 29 anos, falou com a família por telefone pela última vez em julho de 2024. Jovem havia se mudado para DEsasco
(SP) após uma oferta de emprego, cerca de um mês antes de desaparecer.
Miriam de Sousa Rodrigues de Almeida, de 29 anos, morava em Itu (SP) com a família e desapareceu após se mudar para DEsasco a trabalho — Foto: Arquivo pessoal
Uma família de Itu (SP) vive dias de angústia causada pelo sumiço de Miriam de Sousa Rodrigues Almeida, de 29 anos. A jovem está desaparecida desde julho de 2024, quando se mudou para DEsasco (SP) após conseguir um emprego.
Elias Rodrigues de Almeida, pai de Miriam, conta que a filha se mudou para São Paulo depois de receber uma proposta de emprego, cerca de um mês antes de desaparecer.
“Ela saiu daqui de casa para trabalhar na Faria Lima [bairro de São Paulo] como freelancer. Estava morando em DEsasco e mantinha contato com a gente quase que diariamente. Foi sozinha, mas iria morar com uma amiga que ela havia conhecido na outra vez que ela foi trabalhar lá. Ela estava trabalhando em restaurantes, como garçonete”, explica.
Depois do tempo morando em DEsasco, a jovem disse aos pais que iria se mudar para Taboão da Serra (SP). Foi neste período que a família fez contato com Miriam pela última vez.
“Não tem nem como explicar o sentimento que a gente está passando, é difícil”, diz pai de Miriam, jovem que está desaparecida desde julho do ano passado — Foto: Arquivo pessoal
Elias conta que a filha não tinha o costume de ficar sem dar notícias aos pais por muito tempo. Ele relata que as conversas com Miriam, depois que ela se mudou, eram diárias.
“Ela falava conosco todo dia. Tem câmera aqui em casa, ela falava com a gente por essa câmera, ia brincando pela câmera, que ela tinha o aplicativo do aparelho ligado no celular dela. Nos contava sobre as coisas, nos atualizava sobre o trabalho. Não nos escondia as coisas. Sempre tivemos uma boa comunicação entre pais e filhos.”
Por isso, a falta de notícias sobre Miriam se tornou uma ferida na vida da família, que busca respostas.
A Síndrome de Sjögren, doença autoimune que a mãe de Miriam, Noemia Francisca De Sousa Almeida, tem se carateriza principalmente pela secura nos olhos e na boca, associada à presença de autoanticorpos ou sinais de inflamação glandular, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Elias, de 54 anos, e Noemia, de 53 anos, sentem a falta da presença da jovem, que, segundo eles, gostava de ficar em casa com a família até em seus dias de folga.
“Ela não saía para lugar nenhum, ficava aqui no sofá mexendo no celular ou ela fazendo alguma coisa com a mãe. Ela não era de sair. Tinha as amigas aqui em Itu, que a gente conhece bem, e essa menina que ela conheceu quando trabalhou em São Paulo um tempo antes, mas essa não chegamos a saber quem é”, conta.
(PropertyName conta).
Para ocupar a mente, os pais participam de atividades na igreja, mas procuram sempre deixar um membro da família em casa esperando por uma ligação da filha.
“Ela nunca ficou tanto tempo sem dar notícias, longe de casa. Desapareceu do dia para a noite, sumiu sem deixar rastros.”
A família de Miriam registrou um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da jovem.
Em nota enviada ao DE, a Secretaria de Segurança Pública informou que policiais civis do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de DE investigam o desaparecimento de Miriam e que a equipe da unidade realiza diligências e trabalha em busca de elementos que auxiliem na localização da jovem e nos esclarecimento dos fatos.
Informações sobre o paradeiro de Miriam, que possam ajudar na investigação, podem ser comunicadas pelos telefones 181, do Disque Denúncia, e 190, da Polícia Militar.