De, o homem também é suspeito de um homicídio. Relatório da Corregedoria cita que ao menos três sargentos, dois cabos, um ex-cabo e dois moradores de Itaboraí integram quadrilha intitulada ‘Fantasmas’. A Corregedoria da PM abre investigação após denúncias sobre policiais que roubam bocas de fumo. De acordo com informações, agentes do 7º BPM (São Gonçalo) prenderam um homem suspeito de integrar o “Bonde dos Fantasmas”, grupo que envolve policiais militares e é investigado por roubo a bocas de fumo em São Gonçalo e Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, nesta quinta (23).
Matheus Fernando Carmona de Azevedo, de 22 anos, foi encontrado pelos agentes na Praça do Relógio, em Alcântara, depois de uma denúncia anônima. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, onde prestou depoimento e continuou preso. Conhecido como Carmona, o homem é também suspeito de matar um jovem de 19 anos com três tiros no dia 11 de janeiro deste ano. A Corregedoria da PM apura se policiais militares estão envolvidos nos roubos de bocas de fumos da região.
O relatório da investigação aponta que uma quadrilha, intitulada os “Fantasmas”, que seria formada por ao menos três sargentos, dois cabos, um ex-cabo e dois moradores de Itaboraí, teria assaltado seis pontos de drogas nos últimos meses, com dois casos resultando em mortes. O documento destaca que o grupo ataca traficantes de drogas em “bocas de fumo” para subtrair capital, extorquir criminosos e comercializar drogas e armas. O material foi produzido a partir de ligações recebidas pelo Disque Denúncia e entregue à Corregedoria da PM para investigação.
Os crimes envolvem assaltos e ataques a pontos de drogas, como o ocorrido em setembro de 2024 no Buraco Quente, em São Gonçalo, onde dois bandidos foram rendidos por policiais em menos de 50 segundos. As investigações apontam a participação de PMs e ex-policiais militares nessas ações criminosas, com o uso de armamento do Estado para cometer os crimes. O grupo também é suspeito de envolvimento em ao menos dois assassinatos ocorridos no ano anterior.
A Polícia Militar afirmou que os procedimentos conduzidos pela Corregedoria Geral da corporação seguem de forma técnica e minuciosa, não divulgando informações que possam atrapalhar as investigações. A instituição reforçou que não compactua com desvios de conduta ou crimes cometidos por seus membros, punindo rigorosamente os envolvidos quando os fatos são comprovados. A investigação continua para apurar as denúncias de roubo de bocas de fumo envolvendo policiais militares no Rio de Janeiro.