Os moradores e as vítimas da operação no Alemão e na Penha são pessoas comuns que tiveram suas vidas interrompidas de forma abrupta e violenta. Entre os mortos, há histórias de trabalhadores e idosos que foram atingidos por balas perdidas durante o confronto. Carlos André Vasconcellos dos Santos, jardineiro do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), foi uma das vítimas fatais. Ele estava indo para o trabalho quando foi atingido por um único tiro, deixando sua família em desespero e sem respostas.
Geraldo Carlos Barbosa dos Reis, um idoso de 67 anos, também perdeu a vida durante a operação. Ele foi baleado, levado para a UPA do Alemão, mas não resistiu aos ferimentos. Além deles, outras três pessoas morreram no confronto, incluindo um menor de idade envolvido com o tráfico. A violência indiscriminada deixou um rastro de dor e revolta nas famílias das vítimas, que agora buscam por justiça e respostas.
Entre os feridos, estão policiais militares e moradores da região, que foram atingidos por disparos durante a ação. Diogo Marinho Rodrigues Jordão, policial do Batalhão de Choque, foi baleado e seu estado é considerado grave. Anna Luiza Barbosa Roupa, uma jovem de 18 anos, foi atingida na cabeça e precisou ser hospitalizada. Ela conta que estava com seu filho adotivo quando os tiros começaram e que a situação foi de terror.
Outras vítimas, como Natalícia, de 48 anos, e Isnaia, de 60 anos, também foram feridas durante o confronto. Natalícia foi atingida no braço enquanto carregava sua neta e Isnaia estava em casa quando foi ferida no joelho. A violência que assolou os complexos do Alemão e da Penha deixou marcas físicas e emocionais nas vítimas e suas famílias, que agora buscam por apoio e justiça diante de tamanha tragédia.
A megaoperação que resultou em mortes e feridos na Zona Norte do Rio de Janeiro revela a fragilidade da segurança pública na região e a vulnerabilidade das comunidades diante da violência armada. As vítimas, que tinham suas rotinas e famílias, agora se tornam mais uma estatística de um cenário de confronto sem fim. Resta às autoridades e à sociedade civil buscar por soluções efetivas e humanitárias que garantam a paz e a segurança para todos os cidadãos, independentemente de onde vivam.