Tragédia no Complexo do Alemão e da Penha: Jardineiro é morto em operação policial, deixando família devastada

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O jardineiro Carlos André Vasconcelos da Silva, de 35 anos, foi atingido por um tiro fatal nas costas durante uma operação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio. Sua família está desolada com a perda, principalmente seus dois filhos, uma menina de 11 anos e um menino de 5 anos, que perguntam constantemente pelo pai. Sua esposa, Suelem, enfrenta suspeitas de câncer de mama e aguarda o resultado de uma biópsia, tornando o momento ainda mais difícil para a família.

A mãe de Carlos André, Sônia, desabafa sobre a perda do genro, descrevendo-o como um bom marido, filho e pai que cuidava da família. Ela relembra a tragédia de ter perdido um irmão há oito anos também vítima de bala perdida. A situação na região da Penha e Alemão ainda é tensa, com relatos de moradores sobre helicópteros e passagem de blindados. A Polícia Militar informou que as equipes permaneceram no local até a manhã de sábado, reforçando o policiamento na região.

O Complexo da Penha e Alemão são conhecidos como o ‘coração’ do Comando Vermelho, sendo locais onde chefes da facção se escondem. A operação que resultou na morte de Carlos André também deixou outros quatro mortos e nove feridos. O clima de insegurança é evidente, com casas sem energia devido aos tiros que atingiram transformadores. A empresa de energia Light está impossibilitada de atuar na região até que seja garantida a segurança das equipes.

A esposa de Carlos André, Suelem, está passando por um momento delicado de saúde, enquanto enfrenta a dor da perda do marido. As crianças estão devastadas com a ausência do pai, que era muito presente em suas vidas. O jardineiro trabalhava no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e estava a caminho do trabalho quando foi atingido pelo tiro fatal. O enterro ocorre neste sábado no Cemitério de Inhaúma, cercado pela tristeza de familiares e amigos.

Em meio a toda a tragédia, a comunidade e a família de Carlos André clamam por justiça e segurança. A violência que assola as favelas do Rio de Janeiro tem deixado um rastro de dor e sofrimento para muitas famílias, como a de Carlos André. Enquanto isso, a população LGBTQIAPN+ busca se expressar nos teatros do Rio, lotando espaços para se ver representada. A luta por direitos e respeito é contínua, em meio a um cenário de violência e desigualdade que assola a cidade.

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