“Torcemos para que todos os recursos vindos do estado sejam liberados, para que os estados não somente Goiás, mas todos tenham condições de construir unidades prisionais”.
Uma ação ousada e sincronizada, que contou com duas explosões ao mesmo tempo, possibilitou a fuga de 20 detentos de alta periculosidade que estavam no presídio de Trindade. O fato aconteceu no final da tarde do último domingo (15), logo após o encerramento do horário de visitas.
Durante entrevista coletiva cedida na tarde desta segunda-feira (16), diretor-geral de Administração Penitenciária coronel Edson Costa, ressaltou que desses 20 foragidos, quatro já foram recapturados, oito estão feridos, sendo que dois permanecem internados. A unidade tem capacidade para 1.065 presos e no momento da explosão tinha 441 detentos. Para o coronel, é importante investir e garantir que os estados tenham estrutura e capacidade para atender essas demandas prisionais. “Torcemos para que todos os recursos vindos do estado sejam liberados, para que os estados não somente Goiás, mas todos tenham condições de construir unidades prisionais”, ressalta.
De acordo com o coronel Edson Costa, com a liberação de investimentos seria possível melhorar a estrutura dos presídios e consequentemente dos aparelhos para que se evite situações como a de Trindade. Tendo em vista que isso facilitaria o cumprimento das funções dos agentes e demais membros que estão empenhados em manter a segurança. “Estamos trabalhando para melhorar a segurança das nossas unidades”, afirma.
Com informações repassadas pela Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), pouco depois das cinco da tarde, assim que parentes dos presos que tinham ido visitá-los saíram da cadeia, alguns detentos provocaram uma explosão dentro de uma das celas. Existe a suspeita de que os explosivos tenham entrado dentro da unidade por meio dos visitantes, ou seja, as mulheres dos presos. No momento da explosão estavam no local sete agentes, que enquanto se deslocavam para verificar o que havia ocorrido, uma outra explosão, desta feita com maior intensidade, e provocada por criminosos que estavam do lado de fora da penitenciária, abriu um grande buraco no muro, proporcionando a fuga dos 20 detentos.