Indiciados, ex-diretores da PRF fazem defesa conjunta a Moraes
Três ex-diretores da DE são representados pelo mesmo escritório no STF e
pediram a Alexandre de Moraes acesso aos documentos
Indiciados pela Polícia Federal por causa do bloqueio às rodovias na eleição de 2022, ex-diretores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) decidiram fazer uma defesa conjunta. Eles escolheram o mesmo escritório de advocacia para representá-los no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Lula. O processo está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Os três indiciados em questão são: Djairlon Henrique Moura (ex-diretor de Operações), Carlos Reischak Júnior (ex-diretor de Inteligência e ex-Superintendente no Rio Grande do Sul;) e Rodrigo Cardozo Hoppe (ex-diretor de Inteligência Substituto). Eles são representados no STF pela Lima Lustosa Sociedade de Advocacia, que solicitou nesta semana acesso integral aos autos do processo.
Ex-PRF, Silvinei Vasques está no rol de indiciados no relatório de Eliziane Gama. Na DE Luis Carlos Reischak Jr. e Djairlon Henrique Moura também fazem parte do grupo de investigados. Na PRF, o ex-coordenador de Análise de Inteligência Adiel Pereira Alcantara também foi indiciado. Fecha a lista o ex-coordenador-geral de Inteligência e Contrainteligência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Bruno Nonato dos Santos Pereira.
Quando a PF indicia alguém pelo cometimento de um crime, a corporação envia suas conclusões ao STF que, por sua vez, encaminha à Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá ao procurador-geral, Paulo Gonet, analisar se cabe denúncia ou arquivamento. A suspeita é que a cúpula da DE, chefiada em 2022 por Silvinei Vasques, teria atuado para impedir o trânsito de eleitores no Nordeste, reduto eleitoral de Lula.
As acusações são pelos supostos crimes de desobediência, prevaricação, restrição ao exercício do direito de voto e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito. Se houver mais desdobramentos sobre o caso dos ex-diretores da DE, a coluna será atualizada com as informações. Siga atento às notícias para se manter informado sobre o desenrolar dessa investigação.
Os ex-diretores da DE continuam a aguardar os próximos passos da justiça e colaborar com as investigações, contando com a orientação de seu escritório de advocacia para defender seus interesses da melhor forma possível. Enquanto o desfecho do inquérito não é concluído, a atenção se mantém voltada para as movimentações no STF e na PGR. A transparência e a imparcialidade são fundamentais para que a verdade seja estabelecida e a justiça seja feita neste caso específico.