Indicado a três categorias no Oscar (melhor filme, melhor filme internacional e melhor atriz), o longa “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, registrou um aumento significativo na bilheteria dos Estados Unidos no último fim de semana. A arrecadação atingiu US$ 240 mil, um salto de 111% em relação ao fim de semana anterior, quando faturou US$ 113,7 mil.

O crescimento também foi observado na média de faturamento por sala, que subiu 114,2%, alcançando US$ 14,1 mil. A exibição do filme nos EUA foi ampliada de cinco para 17 salas, e a previsão é de que, após sua estreia oficial no país, em 7 de fevereiro, “Ainda Estou Aqui” chegue a mais de 500 salas. O número é expressivo e supera o alcance de clássicos brasileiros como “Cidade de Deus” (108 salas) e “Central do Brasil” (144 salas).

No Brasil, o longa segue em cartaz há 12 semanas, alcançando 3,5 milhões de espectadores, mesmo diante de tentativas de boicote por setores de direita. Entre os dias 16 e 19 de janeiro, o filme atraiu 117 mil pessoas e arrecadou R$ 3,02 milhões, segundo dados da Comscore.

Em Portugal, a produção estreou na liderança das bilheterias. Nos mercados internacionais, destaca-se ainda pelas maiores médias de renda por sala nos Estados Unidos e na França durante o fim de semana.

Baseado na obra de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui” conta a história de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres), viúva do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar em 1971.

O filme se tornou a primeira produção brasileira a concorrer ao Oscar de melhor filme. Fernanda Torres conquistou a segunda indicação do país na categoria de melhor atriz, seguindo os passos de sua mãe, Fernanda Montenegro, indicada por “Central do Brasil”.

A cerimônia de entrega dos prêmios do Oscar acontece em 2 de março.