A Baía de Guanabara, um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, foi palco de uma grande poluição causada por uma mancha de óleo, que impactou severamente o ecossistema marinho local. Após uma vistoria realizada pela Secretaria estadual do Ambiente e Sustentabilidade em conjunto com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), foi identificado que o navio-sonda Atlantic Zonda, ancorado próximo à praia de Boa Viagem em Niterói, foi o responsável pelo vazamento do produto químico. Esta situação configura um crime ambiental grave, com multas que podem chegar a até R$ 10 milhões.
O navio Atlantic Zonda é um perfurador de grande porte, e a falta de comunicação do ocorrido ao órgão ambiental estadual agrava a situação, tornando o episódio ainda mais preocupante. Equipes do Inea já estão em ação, realizando atividades de dispersão hidromecânica das manchas de óleo para minimizar os danos ao meio ambiente. O secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, destacou a importância da rápida resposta das equipes para controlar o impacto do vazamento e monitorar a situação em conjunto com a empresa responsável e a Marinha do Brasil.
Além do navio-sonda, o Inea identificou um estaleiro em Niterói e uma marina em São Gonçalo como fontes de derramamento de óleo na Baía de Guanabara, evidenciando a gravidade da situação e a necessidade de medidas mais rigorosas de fiscalização e monitoramento ambiental. O programa “De Olho no Mar”, desenvolvido pelos órgãos ambientais estaduais, tem sido fundamental na identificação e autuação de agentes que cometem infrações na região, visando a preservação do ecossistema marinho e ações de resposta a incidentes como esse vazamento de óleo.
A criação do programa “De Olho no Mar” foi motivada por diagnósticos de acidentes ambientais que ocorreram no estado do Rio de Janeiro entre o final dos anos 1980 e 2016. Seu objetivo é intensificar o monitoramento de irregularidades no transporte aquaviário relacionados a empreendimentos licenciados pelo Inea, além de fortalecer as ações de resposta a manchas de óleo na Baía de Guanabara. Com ações proativas e fiscalização eficiente, espera-se controlar e prevenir danos ambientais semelhantes no futuro, assegurando a preservação da biodiversidade marinha na região.
Diante do cenário de poluição na Baía de Guanabara, é fundamental que a sociedade se conscientize sobre a importância da preservação ambiental e da necessidade de adotar práticas sustentáveis em todas as esferas da vida cotidiana. A divulgação e o acompanhamento de casos como esse vazamento de óleo são essenciais para aumentar a transparência e a responsabilização de infratores, bem como para incentivar ações preventivas e corretivas que protejam o meio ambiente e garantam a qualidade de vida das futuras gerações. A colaboração de todos os setores da sociedade é fundamental para construir um ambiente mais saudável e sustentável para todos.
