Estudo aponta que uso frequente de maconha pode prejudicar a memória

Uso mais frequente de maconha pode prejudicar importante habilidade de memória no cérebro, diz estudo • Jeff W/Unsplash

Um estudo recente apontou que o uso frequente de maconha pode prejudicar a memória de trabalho do cérebro, afetando a capacidade de retenção e utilização de informações em curto prazo. Segundo o autor principal do estudo, Joshua Gowin, professor assistente de radiologia na Escola de Medicina Anschutz da Universidade do Colorado, essa função é essencial para atividades cotidianas, como dirigir e manter diálogos.

Publicada no periódico JAMA Network Open, a pesquisa analisou mais de 1.000 usuários atuais e ex-usuários de maconha, com idades entre 22 e 36 anos, que foram submetidos a exames cerebrais enquanto realizavam testes cognitivos. Os resultados mostraram que o uso frequente da substância estava associado a uma menor atividade cerebral em áreas ligadas à tomada de decisão, memória e atenção. Entre os usuários pesados, que haviam consumido maconha mais de mil vezes ao longo da vida, 63% apresentaram redução na ativação cerebral durante uma tarefa de memória de trabalho.

Os pesquisadores não conseguiram determinar se os efeitos na memória de trabalho são reversíveis com a interrupção do uso da substância. Estudos anteriores sugerem que a abstinência pode levar a alguma recuperação da função cognitiva, mas ainda não há consenso sobre o impacto a longo prazo do consumo frequente de maconha.

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