Campanha contra Pólio e Sarampo reúne parceiros da sociedade civil, em Goiás

Com o objetivo de  melhorar os índices de cobertura vacinal contra Sarampo e Poliomielite, técnicos em imunização da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás e 12 membros representantes da sociedade e de áreas da saúde se reuniram, hoje ( 18), para se prepararem para próxima Campanha Nacional de Vacinação, realizada entre os dias 6 e 31 de agosto, em crianças de 1 ano a menores de 5 anos para combater essas doenças.

Segundo os dados da Secretária, a vacina contra a Pólio, por exemplo, entre 2012 e 2015 alcançou mais de 95% de cobertura em Goiás. Já em 2016, 82%, em 2017, 79% e até maio de 2018, 57.73% de Cobertura vacinal. No caso do sarampo, entre 2012 e 2015 esse patamar era acima de 95%  e registrou excelentes coberturas (95%). Porém, registra queda em 2016 (85.93%) 2017 (84,34) e  64,05% em 2018 até maio.

“Isso nos preocupa porque os pais não estão levando as crianças para vacinar porque não conheceram de perto, na década de 70, o drama dessas doenças extremamente perigosas”, diz Kamili Vieira Borges de Oliveira, enfermeira da Gerência de Imunizações da SES.

Kamili explica que o fato dessas enfermidades terem sido erradicadas no Brasil ( Pólio – 1989) e Sarampo (1999) não descarta a possibilidade de que alguma criança brasileira contraia essas doenças.

O sarampo ressurgiu nos últimos meses no país pela Venezuela e registrou casos em Roraima, Amazônia, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Já a Pólio tem registros recentes  no Paquistão, Afeganistão e Nigéria. “É preciso imunizar as crianças porque essas doenças podem ser transmitidas facilmente em vôos comerciais onde há grande circulação de pessoas que entram ou deixam o território brasileiro”, explicou.

Kamili afirma que a prevenção é o melhor caminho para o sossego dos pais e o bem  estar dos pequenos. “Os pais devem consultar a caderneta de vacina das crianças. E, em caso de esquecimento, perca do documento ou dúvida, deve-se buscar, imediatamente, um posto de Saúde para esclarecimentos”, pontuou.

Conheça o esquema vacinal

– Polio(injetável) 1ª vacina aos 2 meses, segunda vacina, aos 4 meses, terceira dose aos 6 meses. Com 15 meses 1º reforço e aos 4 anos 2º  reforço ( gotinhas).

-Triplice viral (caxumba, sarampo e rubeola). A 1ª dose aos 12 meses de idade. A 2ª dose a partir dos 15 meses (caxumba, sarampo, rubéola e varicela).

Web Conferência

A gerência de Imunização e Rede de Frio da SES-GO realiza, no mesmo dia e horário, web conferência com representantes das 18 regionais de Saúde distribuídas, estrategicamente, em cidades goianas. O objetivo é discutir medidas contra pólio e sarampo e metas de imunização nos municípios.

Membros da Reunião

– Gerência de Atenção Básica (Spais),

– Programa Saúde na Escola (Spais),

– Programa de Atenção a Saúde da Criança e do Adolescente (Spais),

– Gerência de Vigilância Epidemiológica (Suvisa),

– Coren,

– Lyons,

– Rotary

– Funasa,

– Pastoral da Criança

-Ministério Público

-Conselho Estadual de Saúde

-Anvisa

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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