Após a ordem de Trump, diversos hospitais suspenderam os tratamentos de afirmação de gênero para menores de 19 anos nos Estados Unidos. O presidente ameaçou reter o financiamento federal a essas instituições que oferecem tais tratamentos. A medida foi parte de uma ordem executiva assinada por Trump, que gerou repercussão em todo o país.

A ordem executiva, assinada em 28 de janeiro, determinou que hospitais e instituições médicas que recebem bolsas federais para pesquisa ou educação parassem de fornecer bloqueadores de puberdade, terapia hormonal ou procedimentos cirúrgicos para jovens transgêneros com menos de 19 anos, caso quisessem manter o auxílio federal. A política estabelecida pelo governo dos Estados Unidos visa não financiar, patrocinar, promover, auxiliar ou apoiar a chamada “transição” de gênero de crianças e aplicar rigorosamente leis que proíbem ou limitam esses procedimentos.

Em resposta à ordem, diversos hospitais em todo o país suspenderam os tratamentos de afirmação de gênero para menores de 19 anos. Por exemplo, o Virginia Commonwealth University Health and Children’s Hospital of Richmond decidiu suspender medicamentos e procedimentos cirúrgicos relacionados à questão de gênero nessa faixa etária. O Hospital Nacional Infantil também seguiu a mesma diretriz, suspendendo bloqueadores da puberdade e terapia hormonal para os pacientes jovens transgêneros.

Diante da situação, a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, enviou uma carta às instituições de saúde do estado, alertando que cumprir a ordem executiva de Trump poderia violar as leis antidiscriminação de Nova York. Segundo a procuradora, recusar serviços a indivíduos com base em sua identidade de gênero constitui discriminação e vai contra as leis locais. O debate em torno desse tema continua a gerar discussões e análises sobre os direitos e a saúde das pessoas transgênero nos Estados Unidos.