A Prefeitura de Fortaleza tem uma dívida total de R$ 4,6 bilhões, conforme anunciado por Evandro Leitão, prefeito da cidade. Em sua presença na câmara municipal nesta segunda-feira (3), ele destacou a importância das medidas de contenção de gastos para enfrentar e amenizar essa dívida. A volta das atividades na Câmara de Fortaleza foi um momento oportuno para reforçar a gravidade da situação financeira enfrentada pelo município.
Evandro Leitão, do PT, fez questão de ressaltar a herança fiscal deixada pelo gestor anterior, José Sarto, do PDT. Segundo ele, Fortaleza está lidando com uma dívida expressiva de R$ 4,6 bilhões. Essas declarações foram feitas durante o retorno dos vereadores do recesso na câmara municipal, evidenciando a gravidade do cenário econômico da cidade.
Durante seu pronunciamento, o prefeito enfatizou a necessidade de adotar medidas efetivas para amenizar o impacto da dívida. Isso inclui cortes nos salários dos servidores municipais, bem como o encerramento de contratos com empresas terceirizadas. Evandro destacou a importância de tornar a máquina pública mais eficiente, fazendo mais com menos recursos disponíveis.
Desde janeiro, Evandro vem anunciando medidas de ajuste para conter os gastos da administração municipal. Entre as ações já implementadas estão a redução de 20% nos salários do prefeito, secretários e servidores de alto escalão, além da suspensão de contratos e licitações considerados não essenciais. O objetivo é economizar cerca de R$ 500 milhões, diante do grande déficit orçamentário que a prefeitura enfrenta.
Além disso, a situação financeira delicada se reflete em áreas específicas, como a saúde, onde as dívidas chegam a R$ 500 milhões, e na Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), com dívidas de R$ 80 milhões. Na educação, o montante devido é de R$ 30 milhões. Esses números alarmantes revelam o desafio enfrentado pela administração municipal em termos de equilíbrio financeiro.
O pacote de ajustes proposto por Evandro inclui uma série de medidas drásticas, como redução de salários, suspensão de contratos não essenciais, e revisão de gastos com servidores terceirizados e comissionados. Tais ações têm caráter emergencial e visam estabilizar as contas públicas, com expectativa de economia significativa ao longo do ano de 2025. A duração estimada para a implementação dessas medidas é de 180 dias, mostrando a urgência da situação enfrentada pela Prefeitura de Fortaleza.