Araucária centenária é removida após secar por asfalto em Pato Branco, Paraná – Saiba mais about ação de preservação!

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Uma araucária centenária que foi “isolada” no meio da Avenida Tocantins, em Pato
Branco, no sudoeste do Paraná, secou e morreu 11 anos após a região ser asfaltada. Por isso, a
planta precisou ser removida da via nesta terça-feira (4), comunicou a
Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

De acordo com o secretário da pasta, Vicente Lúcio Michaliszyn, a morte da
araucária foi causada justamente pela obra de asfaltamento no entorno da planta. Com a impermeabilização do solo, devido ao asfalto, e o rebaixamento do
lençol freático para alocação da via, as raízes não conseguem absorver a
quantidade necessária de água que necessita, fazendo com que a árvore seque.

Além do asfalto, em 2015 um ato de vandalismo obrigou a administração municipal
a cercar a árvore. Na época, a árvore sofreu um corte de
aproximadamente cinco centímetros de profundidade e precisou ser tratada
para evitar que a araucária morresse.

Em nota, a secretaria informou que tem licença ambiental conforme as normativas
do Instituto Água e Terra (IAT) para retirar esta e outra araucária, nas mesmas
condições, que também morreu devido ao sufocamento causado pelo asfalto às
raízes delas. A retirada das árvores secas foi necessária para
garantir a segurança da população, pois representavam risco para pedestres, veículos e construções no entorno.

A árvore centenária era considerada cartão-postal de Pato Branco. No local onde
ela estava, será construído um memorial pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Segundo a pasta, além de representar a saga dos pioneiros na região, é uma espécie
ameaçada de extinção.

A secretaria planeja realizar em breve uma ação de educação ambiental
com plantio de mudas de araucária em locais da cidade que constam como parte do
Plano Municipal de Arborização Urbana. A planta, também conhecida como pinheiro-do-paraná, é nativa da região Sul do
Brasil e está em risco crítico de extinção devido à exploração indiscriminada desde a segunda metade do
século XX, de acordo com a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos
Naturais. O tempo médio de vida dela é de 300 a 400 anos, segundo especialistas.

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