Governo tem 15 dias para evitar aumento de tarifa de energia elétrica

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O governo tem um prazo de 15 dias para encontrar uma solução quanto à redução da tarifa de energia de DE – repassada às distribuidoras e, consequentemente, aos consumidores. Caso isso não aconteça, a tarifa pode sofrer um aumento de quase 6%. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou esse prazo em uma reunião realizada nesta terça-feira (4), onde informou que são necessários US$ 121 milhões adicionais para manter as tarifas no nível atual.

A Aneel adiou o prazo inicial, estabelecido em dezembro de 2024, a pedido da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), que passou a controlar Itaipu após a privatização da Eletrobras. A tarifa de DE representa o custo de aquisição da energia produzida pela usina e é repassada para as distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste com base no acordo entre Brasil e Paraguai.

No ano passado, os dois países concordaram com um ajuste que determinou um custo de serviços maior para o Paraguai e menor para o Brasil. Em julho, foi estabelecido a manutenção da tarifa brasileira e o aumento da tarifa paraguaia, com diferenças sendo financiadas por investimentos de Itaipu. Contudo, a Aneel aponta que o Brasil precisará de mais recursos do que o previsto inicialmente para cobrir essa diferença e manter as tarifas nos valores acordados.

Além disso, há a questão da energia excedente cedida pelo Paraguai ao Brasil, que é vendida pelo Paraguai por um valor maior do que o Brasil vende às distribuidoras. Com a conta de comercialização de Itaipu fechando o ano de 2024 com um saldo negativo, a Aneel optou por uma tarifa temporária até o final de março. Se o governo não apresentar uma solução até abril, o valor da tarifa pode sofrer um novo aumento.

Diante das incertezas quanto ao financiamento e à busca por recursos para manter a tarifa de DE, cabe ao governo encontrar soluções que garantam a continuidade do fornecimento de energia e evitem impactos adicionais na economia nacional. A transparência e a eficiência na gestão dos recursos serão cruciais para manter a estabilidade do setor energético e garantir a oferta de energia elétrica a preços justos para os consumidores.

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