Um comitê médico afirmou que a enfermeira serial killer não foi responsável pela morte de 7 bebês e tentativa de homicídio de outros 6 bebês. A análise do comitê apontou que a promotoria do caso teve um entendimento equivocado sobre um estudo médico usado no julgamento. Os fatos ocorreram entre junho de 2015 e 2016 no Reino Unido e a sentença foi proferida em agosto de 2023. De acordo com informações do The Independent.
O comitê de médicos neonatologistas apresentou novas evidências médicas indicando que Lucy Letby não cometeu os crimes pelos quais foi condenada. Eles sugeriram que as mortes dos bebês foram decorrentes de maus cuidados médicos. O professor Shoo Lee afirmou que em todos os casos as mortes foram consideradas causas naturais ou resultado de cuidados inadequados, não encontrando indícios de assassinato.
Lucy Letby foi condenada à prisão perpétua após a morte de seis bebês no Hospital Condessa de Chester. No entanto, o comitê médico formado por 14 neonatologistas acredita que houve uma análise incorreta do caso pela promotoria. Letby foi a terceira mulher no Reino Unido a receber uma sentença de prisão perpétua. Uma apelação à Justiça do Reino Unido será feita pelos advogados da enfermeira com base nas novas evidências apresentadas.
A sentença da corte de Manchester, no norte da Inglaterra, destacou a conduta impactante de Lucy Letby, que teria agido de forma contrária aos instintos humanos. Os supostos homicídios e tentativas de assassinato ocorreram entre junho de 2015 e 2016. Na ocasião da condenação, a enfermeira foi considerada culpada por matar os bebês para depois ressuscitá-los, mediante a injeção de ar, alimentação forçada e envenenamento com insulina.
Durante o processo judicial, a Corte também identificou que Letby guardava documentos médicos relacionados aos eventos mórbidos ocorridos com as vítimas. A enfermeira se negou a comparecer à Corte para ouvir a sentença. Com as novas evidências apresentadas pelo comitê médico, os advogados de Letby solicitaram uma revisão do caso à Comissão de Revisão de Casos Criminais (CCRC) como um possível erro judiciário, após terem esgotado os recursos no Tribunal de Apelação.